A Selic (taxa básica de juro) já caiu 2 pontos percentuais desde agosto do ano passado, quando o governo iniciou o ciclo de afrouxamento monetário, e está atualmente em 10,5% ao ano. Apesar de o nível ainda ser considerado alto, o governo já sinalizou que devem vir mais cortes pela frente – a ata do Copom apontou que a taxa pode chegar a um dígito até o final de 2012.
Com isso, as aplicações pós-fixadas atreladas à taxa básica de juro vêm perdendo espaço no portfólio do investidor. Para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, os títulos públicos indexados à taxa Selic (LFT) apresentaram participação de 7,4% nas vendas no mês do Tesouro Direto.
Seis meses antes, em julho de 2011 (quando a Selic estava em 12,5% ao ano), estes mesmos títulos representaram 14,87% das vendas mensais. “O governo está anunciando que pretende reduzir ainda mais a Selic e, com isso, os investidores estão procurando outras alternativas”, afirma o professor do LabFin, Keyler Carvalho Rocha.
Para o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil, esta “fuga” das LFT deve continuar. “O [Alexandre] Tombini [presidente do Banco Central] sinalizou recentemente que há mais espaço para corte nos juros, já que a inflção está sob controle. Com isso, a procura por estes títulos deve continuar diminuindo”, afirma.
Melhores opções
Para o educador financeiro, a melhor opção para quem pretende investir em título públicos atualmente são os prefixados. “Ao comprar um prefixado agora, o investidor garante a taxa atual, que ainda é considerada alta, em um cenário que tanto a inflação quanto a Selic podem ficar menores”, afirma Calil.
Já o professor do LabFin ressalta que investir em títulos pós-fixados indexados à inflação (NTN-B) pode ser uma alternativa interessante. “Assim, o investidor garante o ganho real. Mesmo que a inflação surpreenda, ele vai ter uma rentabilidade acima do índice de preços”, conclui.
Fonte: Infomoney
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