Recentemente uma reportagem publicada pela Infomoney chamou minha atenção.
O fato que 40% dos brasileiros entram no cheque especial no período de um ano. Conforme pesquisa realizada, constatou-se que: "No período de um ano, uma pesquisa realizada pelo portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), revelou que 40% dos brasileiros utilizaram o limite. A pesquisa mostrou ainda que entre os entrevistados, 43% das classes A e B afirmam que já entraram no limite do cheque especial e 34% das classes C, D e E utilizaram o cheque especial no mesmo período." - Infomoney publicado em 27/03/14
O curioso disso é que uma boa parcela de quem utiliza este limite especial é da classe A e B(conforme a pesquisa).
"Esta categoria de crédito está entre as que possuem as maiores taxas de juros do mercado. No entanto, constatou-se com a pesquisa que um número significativo de pessoas, de todas as classes sociais, incorpora esse limite "extra" oferecido pelo banco no orçamento mensal de forma errada." - Infomoney publicado em 27/03/14
Percebe-se com isso a falta de um planejamento financeiro dentro das reais possibilidades de cada família. Ou seja, o orçamento familiar na maioria destes casos fica em último plano.
O cheque especial é uma modalidade antiga usada pelas instituições financeiras para disponibilizar uma certa quantia aos seus correntistas sem precisar de muita burocracia, basta o indivíduo sacar, transferir e pronto, está feito. Esta modalidade é um tanto perigosa para algumas pessoas. Pois acabam tornando isso parte do seu orçamento, o que não é verdade. Este valor pertence a instituição financeira, e sempre que a pessoa o toma para realizar alguma transação, o banco cobrará juros por isso, mais o IOF.
A dica nestes casos é evitar fazer algum tipo de dívida cujo o salário (ou rendimentos mensais) sejam insuficientes para cobrir as despesas. Caso isso ocorra e a pessoa for utilizar o recurso extra por um período maior de tempo, seria interessante viabilizar o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), ou o consignado em folha. Estas modalidades tem uma taxa menor, pelo simples fato da instituição financeira ter uma garantia da quitação das parcelas o que fará com que ela diminua o "spred" cobrado neste tipo de transação.
Vale a pena rever o orçamento pessoal afim de evitar certos problemas que podem ser resolvidos sem a necessidade de empréstimos.