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quinta-feira, 15 de março de 2012

Governo articula com bancos públicos redução do spread


Bancos públicos acertam detalhes de uma ação agressiva para tentar roubar clientes dos concorrentes. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal querem atrair contas e, principalmente, operações de crédito.
Para isso, prometem tarifas e juros ainda mais baixos. A ação faz parte de uma estratégia maior do governo federal que, além de incentivar o crédito para acelerar a atividade econômica, também quer criar mais concorrência no sistema bancário.
Ontem, os presidentes do BB, Aldemir Bendine, e da Caixa, Jorge Hereda, se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a costura da estratégia que pretende acelerar a chamada portabilidade das operações bancárias – situação em que um cliente migra a conta e financiamentos de um banco para outro. O plano precisa da aprovação da presidente Dilma Rousseff.
Com a intenção de aumentar a concorrência, a possibilidade de trocar de banco foi criada em 2006, quando clientes passaram a poder migrar empréstimos. Depois, trabalhadores gradualmente puderam escolher o banco para receber os salários. A última fase aconteceu em janeiro, quando a portabilidade passou a beneficiar os servidores públicos.
Agora, com o processo implantado, o governo entende que BB e Caixa devem ser mais agressivos no uso desse instrumento para acelerar a queda dos juros e a competição bancária.
O governo avalia que, se um cliente recebe o salário no banco público, a instituição pode oferecer juro menor que o atual porque a instituição terá a segurança de receber mensalmente um valor suficiente para pagar as parcelas do empréstimo que, inclusive, podem ser descontadas automaticamente quando o cliente recebe o pagamento.
Propaganda. BB e Caixa querem atrair a conta e oferecer uma "solução de crédito" com a migração de todo o relacionamento bancário: conta corrente, cartão de crédito, financiamento e até investimentos.
Para atrair o cliente, os dois bancos prometem fazer barulho em uma ação de marketing para dar publicidade às vantagens. Entre os argumentos, tarifas e juros aparecem em primeiro. Os bancos devem explicitar rankings, como o do Banco Central, que mostram que serviços e empréstimos nessas instituições costumam ser, na média, mais competitivos que na concorrência.
Na última semana de fevereiro, por exemplo, o crédito pessoal na Caixa e BB tinha juro na casa de 2,7% ao mês. Entre os grandes privados, o mais barato era o Santander que cobrava 3,7%. O Itaú estava em 4,3%. No Bradesco, em 5,1%.
A oferta de juros e tarifas especiais na "chegada" do cliente é outra atração em estudo. Também está em análise o uso de estratégia comum dos bancos pequenos: a oferta de "troco" na migração de empréstimos. Quando isso acontece, o juro menor ou prazo maior do "novo" financiamento permitem ao banco oferecer, em dinheiro, um valor ao cliente sem aumentar as parcelas mensais.
Outro argumento dos bancos públicos para atrair clientes será a rede de atendimento. Para o governo, os dois bancos são imbatíveis nesse tema: o BB conta com todas as agências de Correios e a Caixa tem as lotéricas.
Para o governo, os bancos estatais podem forçar os privados a reduzirem juros e tarifas para não perder clientes. Com 30% do mercado, BB e Caixa teriam "poder de fogo" para puxar para baixo o juro dos bancos privados.

Fonte: Estadão

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