Bem vindo!

"...É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a Fracassos e Derrotas, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, pois vivem em uma penumbra cinzenta tão grande que não conhece vitória nem derrota...."

(..Theodore Roosevelt..)

Que Deus nos abençoe!

“A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.”

(Abraham Lincoln)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mesmo com economia lenta, carga de tributos deve subir


A carga tributária brasileira deve manter o ritmo de crescimento em 2011 mesmo diante da desaceleração da economia. A estimativa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) é de que o índice aumente 1,5% em comparação a 2010. Com isso, a previsão é de que a carga de impostos supere o recorde histórico que havia sido registrado em 2010, chegando próxima a 36% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão do Instituto é de que a arrecadação total alcance aproximadamente R$ 1,51 trilhão.
Em 2010, o PIB teve crescimento de 7% no ano e a expectativa para 2011 é de que a variação seja de aproximadamente 3%. O levantamento foi realizado a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que demonstram variação nula do PIB brasileiro no 3º trimestre deste ano. No ano passado, a carga tributária totalizou 34,24% do PIB de R$ 3,770 trilhões.
Segundo o IBPT, o aumento da carga tributária em 2011, deve-se, principalmente, ao fato da arrecadação tributária ter crescido mais do que o PIB. Enquanto a arrecadação tributária nominal registrou aumento de mais de 16%, o PIB apresenta variação nominal de 11%.
O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, explica que o constante crescimento da economia impulsiona a circulação de mercadorias e o consequente incremento na arrecadação de impostos. Segundo ele, nos últimos 10 anos, a carga tributária cresceu 5% acima do PIB. ”A média desse período é de uma arrecadação de R$ 185 bilhões por ano, o que mostra que nos últimos dez anos o governo retirou da sociedade R$ 1,85 trilhão acima do que o próprio País produziu”, argumenta.
Outro fator que impacta no aumento da arrecadação, segundo Olenike, é a desinformalidade. ”Devido à exigência cada vez maior de controle eletrônico contra a sonegação, muitos empresários se formalizaram para manter suas atividades”, esclarece. Além disso, ações de refinanciamento de débitos também resultam em incremento na arrecadação. ”Outro fator importante na soma da carga tributária é a forma de cobrança de impostos feita no Brasil, que repercute em todas as etapas da cadeia produtiva até chegar ao consumidor final”, avalia.
O crescimento nominal da arrecadação neste ano será de aproximadamente R$ 220 bilhões, de acordo com o IBPT. Para Olenike, a expectativa para os próximos anos é de manutenção do cenário de incremento da carga tributária
Os tributos com maior arrecadação são ICMS (19,86%), INSS (18,23%), Imposto de Renda (16,80%) e Cofins (10,65%). Porcentualmente, os tributos com maior crescimento em 2011 em comparação a 2010 são Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL (29,12%), Imposto de Importação (22,84%), IR (21,04%), IPI (19.48%), INSS (17,06%), Cofins (14,41%) e ICMS (10,31%).

Fonte: Mariana Fabre – FolhaWeb


domingo, 11 de dezembro de 2011

Contribuinte com renda única não vai declarar IR


Os contribuintes com uma única fonte de renda que optarem pelo desconto declaração simplificada (desconto de até 20% sobre os rendimentos tributáveis) poderão se livrar do trabalho de fazer a declaração do Imposto de Renda em 2014 (relativo aos ganhos dos ano-calendário 2013), informou o Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. A medida vale para pessoas físicas.

Pelo projeto, a declaração será preenchida previamente pela Receita Federal e apresentada a esses contribuintes, que confirmariam ou não os dados contidos no documento, como os valores recebidos do empregador. Para os demais contribuintes a declaração permanecerá da forma que já é hoje, com alguns aperfeiçoamentos.
- O projeto de simplificação está em curso na Receita Federal. Existem modelos como esse em outros países. O Chile, por exemplo, tem um modelo parecido. Em breve estaremos caminhando para essa solução - disse Barreto.
Segundo o secretário, não é possível eliminar a declaração de todas as pessoas físicas, porque existem algumas informações que necessitam ser prestadas pelo próprio contribuinte, como é o caso das despesas médicas, com educação e doações.
- A administração tributária não tem previamente essas informações. É necessário que o contribuinte faça sua declaração e a transmita para a Receita.
O secretário explicou que os sistemas da Receita Federal teriam como fazer isso, mas o modelo adotado no país não permite que Fisco tenha todas as informações prévias como as despesas médicas, educação, gastos com dependente e doações.
- Por isso, agora, não há como colocar um modelo desses porque grande parte teria que alterar aquilo que seria apresentado para o contribuinte como declaração. Por enquanto, não teremos como entregar a declaração completa para o contribuinte confirmar ou não confirmar.
Para os demais contribuintes pessoas físicas, o secretário lembrou que a declaração já foi simplificada e permite, de forma fácil, que o contribuinte preencha os dados com auxílio do programa de computador específico e faça a transmissão via internet sem grandes problemas. Isso tem sido demonstrado, destacou, pelo crescente número de declarações em meio eletrônico e pela diminuição do número de retenções na malha fina.
* Contribuinte deve usar modelo simplificado e confirmar dados preenchidos pela Receita
Fontes: Diário de SP 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Remuneração no Brasil chega a ser 85% maior do que em países ricos


A força da economia brasileira e a crise que vem abatendo os países ricos está fazendo acontecer o que há alguns anos era inimaginável no páis: os salários de trabalhadores em várias carreiras - de executivos e gerentes a engenheiros, consultores jurídicos e profissionais da tecnologia da informação — estão mais altos do que em nações da Europa e nos Estados Unidos. O rendimento mensal chega a ser 85% maior, mesmo convertendo esses valores para reais, considerando a cotação de euro, dólar e libra esterlina. Um engenheiro elétrico sênior, por exemplo, que ganha no mínimo R$ 14.900 no Brasil em grandes empresas, recebe R$ 8.037 na Espanha, uma diferença de 85,4%, aponta pesquisa feita pela consultoria Michael Page, a pedido do GLOBO.


O levantamento — que levou em conta profissionais seniores, grandes empresas e somente o salário fixo, sem bônus ou participação nos resultados — mostrou também que um gerente comercial no Brasil chega a ganhar 79,1% a mais que nos Estados Unidos (R$ 18 mil de salário mínimo no Brasil contra R$ 10.048 nos EUA). Um consultor jurídico no Brasil ganha 24,4% a mais que na Itália (salário máximo de R$ 15 mil no Brasil contra R$ 12.055) e, um diretor comercial no Brasil ganha no mínimo R$ 28.000, 13,4% a mais que o mínimo encontrado no Reino Unido (R$ 24.674). Para Ricardo Guedes, da Michael Page, além de economia brasileira aquecida e desenvolvidos em crise, real forte e mão de obra em falta no Brasil ajudam.
— E esse fenômeno tende a continuar e talvez alcançar cada vez mais profissões. A falta de mão de obra é muito grande e, em diversos casos, é impossível encontrar um estrangeiro para o lugar, não apenas por causa da legislação restritiva do Brasil, mas porque algumas destas profissões exigem um alto domínio do português e da cultura nacional, como diretor comercial e consultor jurídico — afirma.
Fenômeno chega a cargos técnicos
A própria Michael Page — uma das maiores em recrutamento no mundo — vive um caso assim. João Nunes, português de 30 anos, está no Brasil há três meses. Aqui ganha até 30% mais que na Europa, sem contar o que pode receber a mais de renda variável, dependendo dos lucros da operação — bem mais favoráveis que no velho continente. Mesmo assim, ele lembra que nem tudo são flores:
— Realmente o salário é maior, pode chegar a uma diferença de 50% em alguns casos, mas o custo de vida aqui é muito mais alto. Moro em São Paulo, onde os aluguéis são o dobro do registrado em Portugal. Alimentação, tudo é mais caro. Então nossa capacidade de poupança é menor.
Nelson Prochet, diretor de recursos humanos da francesa Technip, conta que esse fenômeno está se generalizando, extrapolando os cargos de chefia e chegando a profissões técnicas e administrativas.
— É um fenômeno brasileiro. Em outros países em desenvolvimento isso não ocorre. A negociação na China é diferente e a Índia tem uma capacidade espantosa de formar rapidamente mão de obra qualificada — disse.
Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ, diz que os altos salários chegam a todas as profissões técnicas.
— Embora o nosso piso seja de nove salários mínimos para engenheiro recém-formado, que será algo próximo a R$ 5.600 em janeiro, não é difícil ver iniciantes ganhando até R$ 8 mil — disse, mostrando que o salário inicial está próximo ao de engenheiros seniores da Espanha.
Ele afirmou, contudo, que ainda há muitas diferenças salariais no Brasil, em setores como o energético, que tem forte influência estatal e rendimentos baixos aos profissionais.
Adalberto Cardoso, professor do Iuperj, frisa que a crise dos países desenvolvidos está reduzindo seus salários reais, além de elevar o desemprego nestas nações. Este aspecto conjuntural só deve se tornar uma situação estrutural se, em sua opinião, a diferença no nível do crescimento for ainda maior nos próximos anos:
— De qualquer maneira já vemos um aumento de estudantes de engenharia nas universidades. Mas o tempo para formação de um engenheiro é cinco anos, ou seja, ajustar a formação de mão de obra à demanda é um processo lento.
Tito Costa Santos, diretor da Agência Azul — agência digital localizada no Rio —, afirma que, neste ano, aumentou os salários de sua equipe, em média, em 40%. Embora diga que fez isso para recompensar a equipe e repartir os lucros do negócio, ele conta que a alta é generalizada no setor:
— Tenho um ex-sócio que mora em Miami e ele está impressionado com os salários no Brasil. Ele não consegue contratar outsourcing (contratação de serviços de profissionais remotamente) daqui.
O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antônio Gil, alerta que esta alta de salários afeta a competitividade do Brasil. Ele afirma que há alguns analistas de sistema que já ganham R$ 20 mil mensais.
Diferença afeta competitividade
— E isso faz com que o Brasil perca mercado, pois, além do alto salário, há os elevados custos trabalhistas. A estrutura tributária faz com que o custo para a empresa seja o dobro do recebido pelo funcionário — disse, embora lembre que o governo federal começa a avançar com projetos para aliviar estes custos.
O advogado Randolpho de Castro, do escritório Carlos Mafra de Laet, confirma o bom momento da profissão — que, segundo a pesquisa, faz com que consultores jurídicos no Brasil ganhem mais que na Itália, um dos berços do direito brasileiro. Ele conta que há casos de profissionais que recebem, em grandes escritórios e empresas, de R$ 20 mil a R$ 60 mil por mês, incluindo variáveis, algo que não ocorre na Europa. Mas ele lembra que essa é a realidade de uma minoria:
— Está em melhores condições quem opta cedo por qual carreira seguir e quem começa a trabalhar logo, o que não ocorre na maioria dos casos, em que o estudante prefere focar na universidade para tentar um concurso público. Para ter sucesso como advogado ou consultor, é preciso dedicação, boa formação e uma visão diferente da advocacia, lembrar que é uma atividade econômica e tentar trazer recursos para o escritório.


Fonte: Oglobo

Investimento em DI e renda fixa perde com juro menor, mas ganha da poupança


Banco Central fez mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros

Com mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na última quarta-feira, os fundos de investimento mais usados pelos brasileiros perderão rentabilidade. Segundo especialistas, porém, com a Selic a 11%, ainda não chegou a hora de a caderneta de poupança se tornar a aplicação mais vantajosa na comparação com os fundos DI e de renda fixa. Mas será preciso fazer contas. A busca por taxas de administração menores e a atenção ao prazo da aplicação serão indispensáveis para quem quer retorno superior à poupança com baixo risco.
Segundo projeções de Flavio Lemos, diretor da Trader Brasil Escola de Investidores, com a Selic a 11%, o rendimento mensal dos fundos DI deverá ficar em 0,83% e o dos fundos de renda fixa, em 0,81%. Em agosto, quando a Selic era 12,5%, o retorno médio mensal dessas categorias de fundos ficou em 1,09% e 1,27%, respectivamente, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O mesmo deverá ocorrer com os CDBs (títulos dos bancos), que, assim como os fundos, têm o retorno balizado pelo CDI — taxa média dos empréstimos entre bancos, que segue a Selic. Desde o meio do ano, o retorno dos CBDs vem caindo.
Ainda assim, segundo simulação no site Comdinheiro.com.br, os fundos DI com taxa de administração de 2% ganham da poupança, para aplicações de um ano de duração. Com a Selic a 11%, R$ 5 mil aplicados por um ano num fundo DI resultaria em R$ 5.385,76. O mesmo valor pelo mesmo tempo na caderneta resultaria em R$ 5.359,57 — R$ 26,19 a menos.
Mercado futuro de juros aponta Selic a 9,5% em 2012
A médio prazo, pode haver um ciclo maior de baixa no juro. Embora os diretores do BC tenham mantido o discurso de "ajustes moderados" na Selic, o agravamento da crise das dívidas soberanas na Europa poderá levar o BC a estimular a $. As taxas negociadas nos contratos de juros futuros consideram mais três cortes de 0,5 ponto nas três próximas reunião do Copom. Assim, a taxa básica poderia chegar, em 2012, a 9,5%. Nesse patamar, o rendimento dos fundos cairá mais, aproximando-se do retorno da poupança.
— Está na hora de começar a fazer contas — diz Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-SP e da PUC-SP. — Dependendo da taxa de administração do fundo, a rentabilidade pode perder da poupança — completa.
A redução da rentabilidade dos fundos torna ainda mais $a pesquisa para encontrar taxas de administração mais vantajosas. Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ, explica que, quanto menor a Selic, maior é a mordida da taxa de administração.
Cálculos do site Comdinheiro.com.br mostram que, com a Selic a 11%, o retorno bruto $(sem descontar IR) de um fundo com administração de 2% equivale a 81,02% do CDI. Se a Selic for a 9,5%, o fundo com taxa de administração de 2% passa a render 78,18% do CDI.
Hora de buscar estratégias para pagar taxa menor
O consultor Luiz Calado, autor do livro "Fundos de Investimento", da editora Campus Elsevier, recomenda buscar estratégias para conseguir menores taxas de administração. Uma delas pode ser concentrar recursos na mesma instituição financeira. Os fundos com custo menor geralmente têm valores de entrada maiores.
Também será preciso levar em conta o tempo da aplicação, pois quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menos Imposto de Renda (IR) o investidor paga. Como a poupança não paga IR, se o fundo leva uma mordida maior do Leão, a comparação fica vantajosa para a caderneta.
De acordo com Braga, do Ibmec/RJ, o investidor deve saber quando precisará do dinheiro. Recursos a serem utilizados em um ou dois meses — como no $do 13 salário que servirá para pagar IPTU e IPVA à vista no início do ano — ficariam melhor na poupança.
— A curtíssimo prazo, o fundo não compensa. É melhor ganhar o que der na poupança — recomenda Braga.
Para aplicações mais longas, o diretor da Trader Brasil Escola de Investidores, Flavio Lemos, acha que ainda é cedo para falar em poupança mais vantajosa.
— Por enquanto, a poupança é o pior investimento possível — opina Lemos, que acrescenta que somente quando a Selic estiver abaixo de 10% será preciso fazer contas.
No momento, o melhor caminho para investidor conservador, na avaliação de Lemos, é aplicar nos títulos públicos atrelados à inflação, seja pelo Tesouro Direto, seja por fundos.
Já o professor de finanças Rafael Paschoarelli Veiga, da USP e do Insper, responsável pelo site Comdinheiro.com.br, para ganhar mais, o investidor precisará buscar opções "fora da prateleira" dos bancos, como o Tesouro Direto, fundos imobiliários e debêntures (títulos de empresas).

Fonte: oglobo.com.br