Bem vindo!

"...É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a Fracassos e Derrotas, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, pois vivem em uma penumbra cinzenta tão grande que não conhece vitória nem derrota...."

(..Theodore Roosevelt..)

Que Deus nos abençoe!

“A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.”

(Abraham Lincoln)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Artigo: O melhor Investimento

Ao longo do tempo venho observando as pessoas, no que tange objetivos profissionais, finanças e qualidade de vida. E é bem curioso, pois os discursos se repetem quando o assunto é investimento. O que vem a ser esta palavra muito usada e talvez mal interpretada? O dicionário define da seguinte forma: “1 Ação ou resultado de investir, de aplicar capital ou recursos; 2 Aplicação de dinheiro com a intenção de obter lucros futuros (investimento em ações). 3 Aplicação de esforço, recurso, tempo etc., a fim de atingir algum objetivo.” De fato quando falamos em investir, a primeira definição é unânime. Porem, investir é muito mais do que simplesmente aplicar algum recurso financeiro em uma boa empresa, fundo de investimento, ou ações. Investir é um intento, é abrir mão de alguma coisa para obter outra que satisfaça a vontade/desejo, é dedicar tempo, acompanhar é cuidar.

Uma criança quando nasce, é coberta de investimentos por parte dos pais, na forma de tempo, afeto, amor, recursos financeiros, materiais etc. E ao crescer, em alguns casos esta criança que foi alvo de grandiosos investimentos por parte de seus pais, sequer diz um “obrigado”, que dirá “eu te amo”. Percebe-se com isso a dimensão da palavra investir. Todavia o retorno nem sempre é o esperado. Já parou para pensar em que você tem investido o seu tempo? “FACEBOOK”, “SKYPE”, “WHATSAAP”, ou horas em sites que não vão agregar valor em sua caminha para o sucesso? Quantos livros você lê por ano? Ou qual foi o último livro que você leu? Eis o ponto onde algumas pessoas que convivo me questionam, “a coisa tá feia né?”, “preciso fazer alguma coisa para ganhar um dinheiro”, contudo estas pessoas se quer lêem alguma coisa para que possam aplicar em uma atividade complementar e assim ter um dinheiro extra, e acabam se frustrando, caindo nas mãos dos bancos com altos juros de empréstimos para começarem um negócio que infelizmente não passará de 2 anos. Não estou dizendo para não fazer empréstimo e nem tão pouco deixar de abrir um negócio, contudo alerto sobre a necessidade de um investimento no capital intelectual. Obtenha sempre o máximo de informação possível antes de começar qualquer coisa, até mesmo um concurso público sem objetivo definido acaba por desmotivar muitos candidatos que possuem um alto potencial, porém mal organizados no momento de estudar.

O melhor investimento será sempre naquilo em que você tem prazer em fazer e sabe que isso poderá levá-lo aonde quer chegar. Aplique seus recursos em seu conhecimento, informe-se, leia, aprimore, pratique, mantenha bons relacionamentos, não se isole, faça sempre o melhor, até mesmo nas coisas mais simples, pois isso se tornará um hábito e a excelência será uma rotina em sua vida.

Congratulações a você que não se incomoda com o que os outros dizem e faz o melhor investimento no seu caráter, profissionalismo, lazer e não abre mão de estar com as pessoas que ama.

Seja feliz e jamais desista de seus sonhos.

Telmo Oliveira

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mudança contábil amplia dividendos e lucro da Petrobras

A perspectiva de lucro mais robusto com a mudança nos mecanismos de contabilização de hedge pela Petrobras animou os investidores. As ações ordinárias (com direito a voto) da estatal registraram forte alta de 7,25%, cotadas a R$ 14,80, enquanto as preferenciais (sem direito a voto) subiram 3,88%, a R$ 15,80.

Especialistas em contabilidade consultados pelo Valor afirmaram que a mudança é positiva, na medida em que tende a reduzir os altos e baixos do resultado e trazer um retrato mais fiel da situação operacional nas demonstrações financeiras.

A regra, que passará a ser adotada pela companhia nos resultados do segundo trimestre, é opcional, de acordo com as normas contabilidade adotadas no Brasil, e ainda pouco utilizada.

Mas, apesar do entusiasmo do mercado, não foram poucas as críticas quanto ao momento de sua implementação - anunciada na quarta-feira à noite, terão impacto nos resultados a ser divulgados em 9 de agosto.

Como o lucro maior tende a aumentar a distribuição de dividendos, diversos analistas pontuaram que a iniciativa tem viés político e visa favorecer a formação de superávit primário pelo governo - o principal beneficiado, na posição de controlador.

"Um resultado fraco na última linha do balanço reduziria os dividendos a serem pagos ao governo, detentor da maior parte das ações ordinárias, que não são protegidas pela regra de dividendos mínimos como os papéis preferenciais", afirmou a analista Paula Kovarsky, do Itaú BBA, para quem a mudança limita a transparência e marca mais um capítulo da "contabilidade criativa" do governo federal.

Com o mecanismo anunciado, na prática, a Petrobras utilizará um mecanismo contábil de compensação de parte de suas dívidas atreladas em dólar e suas receitas com exportação. A lógica é que, no caso de dólar mais caro em relação ao real, a dívida em moeda estrangeira sobe, mas o faturamento com embarques também, e vice-versa, o que não comprometeria fluxos de caixa e a capacidade de pagamento da empresa - é o chamado "hedge econômico", oferecido pelo próprio perfil de negócios e que não envolve derivativos.

"A vantagem é que estratégia de proteção financeira que a companhia já implementa seja refletida da melhor forma nas demonstrações financeiras", afirma Rogério Lopes Mota, sócio de auditoria da Deloitte.

Sem a contabilização de hedge, os passivos em dólar são ajustados sempre de acordo com a cotação de fechamento do último dia útil do trimestre e a variação é contabilizada como perda ou ganho financeiro no balanço. Apesar de não implicar um desembolso imediato de caixa - o que só ocorreria de fato no vencimento -, há redução na última linha do balanço.

Com a contabilização de hedge, parte dessas perdas não transita imediatamente na demonstração e resultados e vão para balanço patrimonial. As perdas ou ganhos com a variação do passivo vão sendo diferidas do patrimônio líquido e essa diferença passar a integrar a demonstração de resultados apenas quando as exportações que servem de contrapartida na operação são de fato contabilizadas. Como o impacto da variação cambial da dívida e das exportações tem sinal contrário, o efeito sobre o lucro é nulo.

De acordo com a Petrobras, a variação cambial de 70% de sua dívida líquida em dólar para os próximos sete anos serviria para "proteger" 20% de suas exportações previstas para o mesmo período. "A empresa faz um histórico das receitas com exportações nos últimos anos e, com uma série de estudos, calcula um percentual desse faturamento que seria confortável de se esperar no futuro e que serviria como proteção", explica César Ramos, autor do livro "Derivativos, riscos e contabilidade de hedge" e consultor de empresas que pretendem utilizar a prática.

Ele ressalta que a utilização do mecanismo não implica que a Petrobras não sofrerá mais com a instabilidade do câmbio, já que envolve apenas uma parte das dívidas e das exportações, o que não exclui efeitos de variação da moeda americana sobre importações, custos e sobre a parte do passivo e dos embarques que não estariam protegidos.

A mudança contábil terá forte impacto já sobre o lucro do segundo trimestre, quando o dólar Ptax teve valorização de 10% em relação ao real. Sob o modelo anterior, analistas estimavam perdas financeiras de R$ 10 bilhões com a remarcação de dívidas, número que deve cair agora para a casa dos R$ 3 bilhões. Com o novo mecanismo, o Itaú BBA, que antes previa que a companhia encerraria o período no zero a zero, sem lucro, nem prejuízo, passou a projetar ganhos de R$ 4,7 bilhões. Já o Barclays aumentou sua expectativa de lucro por ação entre abril e junho em 15%, de US$ 0,49 para US$ 0,56.

Procurada, a Petrobras preferiu não se pronunciar.

Fonte: Valor Econômico

Grandes bancos privados têm recursos em excesso

Os clientes dos grandes bancos privados continuam com sobras de recursos e buscam aplicações financeiras. Os bancos, por sua vez, mantêm cautela na concessão de crédito, preocupados em preservar a qualidade de seus ativos diante de uma economia com baixo crescimento. O resultado dessas duas tendências é o acúmulo de recursos nas instituições financeiras, principalmente nas grandes, o que o mercado chama de excesso de liquidez.

Movimento semelhante já havia sido observado em 2012. Ainda não há dados públicos sobre o que ocorre agora em cada banco, mas, segundo executivos de grandes instituições, os balanços do segundo trimestre devem apontar que a sobra de caixa continuou a se ampliar nos últimos meses. O funcionário de um banco privado de grande porte relata que a liquidez da instituição está em um nível recorde. O fenômeno é mais característico dos bancos privados, porque os públicos, por decisão do governo, mantêm uma política de crédito mais agressiva.

Para reduzir o impacto dessa ampliação da liquidez sobre seus balanços, as instituições orientam suas equipes a direcionar o máximo possível dos recursos dos clientes para fundos de investimento. No primeiro semestre, a captação líquida dos fundos foi de R$ 100 bilhões, um volume recorde para o período, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No mesmo período, o estoque de captações por meio de depósitos a prazo e letras somou R$ 1,021 trilhão, com alta de 2,33% na comparação com o saldo de dezembro. Na poupança, segunda principal fonte de funding dos bancos, as instituições também não têm conseguido barrar os ingressos. Até junho, a captação líquida da poupança estava em R$ 28,3 bilhões neste ano, superando os R$ 15,5 bilhões do mesmo período de 2012.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Emprego formal nos pequenos negócios cresce 120%

Os pequenos negócios foram os principais empregadores no país em abril. Mais de 140 mil pessoas ingressaram no mercado formal de trabalho gerado pelas empresas de micro e pequeno porte, resultando em aumento expressivo de 120% na oferta de vagas, frente ao mês de março. O saldo positivo equivale à geração de mais de 4,6 mil vagas por dia. Com esses resultados, os pequenos negócios responderam por 71% dos empregos criados em abril.

No período, as empresas de Serviços foram as que mais contrataram, totalizando 59,5 mil novos postos de trabalho. Os segmentos de comercialização e administração de imóveis, que responderam por 18,4 mil vagas, e os empreendimentos de transportes e comunicações, que geraram 17,3 mil empregos, somaram as maiores contratações em abril.

“O crescimento do emprego no setor de Serviços é diretamente impulsionado pela alta do consumo, principalmente da classe C, que demanda cada vez mais serviços diferenciados e de qualidade”, analisa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Também verificamos contratações expressivas na construção civil e na indústria de transformação, reflexo dos investimentos promovidos pelo governo e das medidas de estímulo à produção industrial, como a desoneração da folha de pagamento e a redução da tarifa de energia”, acrescenta.

Os pequenos negócios da Construção Civil registraram o segundo maior saldo na geração de empregos, com quase 32 mil postos ocupados. As micro e pequenas indústrias de transformação contrataram mais de 20 mil trabalhadores formais, com destaque para a indústria têxtil, com 3.642 vagas preenchidas. A análise do Caged também mostrou, em abril, contratação na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com a geração de 2,9 mil novos postos de trabalho, e na indústria mecânica, que contratou 2,4 empregados.

O saldo total de empregos gerados em abril - incluindo os postos ocupados nas micro e pequenas, médias e grandes empresas e na administração pública - somou 196.913 vagas. Enquanto nos empreendimentos de micro e pequeno porte o aumento na ocupação de vagas foi de 120%, as empresas médias e grandes registraram um aumento de 25,4%. Entre os pequenos negócios, São Paulo foi o estado que mais contratou, com o ingresso de 43.298 pessoas no mercado formal.

Dono da Multitec Construções, pequena empresa especializada em reformas e manutenção industriais, o engenheiro Ronaldo Guandalin aumentou em 12% o quadro de funcionários no mês de abril. O negócio, que atua em 12 obras no estado de São Paulo, está hoje com 40 empregados. “Tivemos um acréscimo na demanda por serviços e precisamos reforçar o número de funcionários”, conta o empresário.

Fonte: SEBRAE

IOF para aplicações estrangeiras em renda fixa cai de 6% para zero, o que tende a atrair a moeda e baixar cotação

O governo Dilma decidiu zerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores estrangeiros que aplicam em títulos de renda fixa, que estava em 6%.

Na prática, a medida atrai mais investimentos em dólar, o que diminui o preço da moeda estrangeira e reduz a pressão sobre a inflação.

O IPCA, índice oficial, acumulou em abril alta de 6,49% em 12 meses, o que levou o BC a subir, na semana passada, a taxa básica de juros de 7,5% para 8% ao ano.

O corte de IOF foi anunciado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), que justificou a decisão alegando não haver mais uma "enxurrada" de entrada de investimentos para esse tipo de aplicação financeira como havia em outubro de 2010, quando o imposto foi elevado duas vezes.

O ministro buscou ainda não vincular a medida a uma preocupação com o impacto sobre a inflação: "Não há nenhum intenção de fazer uma política anti-inflacionária via câmbio. Os instrumentos de política anti-inflacionária são aqueles que o Banco Central utilizou recentemente".

Apesar da negativa do ministro, a Folha apurou que o governo está, sim, preocupado com uma pressão inflacionária da valorização do dólar sobre a inflação, o que já se refletiu na decisão de subir juros para frear o consumo.

Analistas e técnicos do governo trabalhavam com a possibilidade de o valor do dólar em relação ao real subir para a casa de R$ 2,20 nos próximos dias, o que, no médio prazo, teria impacto relevante sobre a inflação.

No final da tarde de ontem, o dólar à vista (referência do mercado financeiro) subiu 0,48% e encerrou a R$ 2,146. No câmbio comercial, usado no comércio exterior, a moeda americana fechou estável (+0,09%) a R$ 2,129.

Mantega observou que a perspectiva de que o Fed, o banco central dos Estados Unidos, retire medidas de estímulo econômico e volte a subir juros no futuro tende a reduzir a quantidade de dólares em circulação no mercado internacional, o que já tem feito a cotação da moeda subir em vários países.

Segundo o ministro, o "câmbio tem caminhado para um equilíbrio mais natural" e, por isso, houve uma redução das intervenções do governo no mercado.

"Não existe um patamar para o câmbio. O câmbio no Brasil é flutuante. O que o governo procura fazer é coibir excessos, pois a volatilidade não é boa para o mercado, importadores, exportadores e investidores", disse.

O ministro disse que não haverá mudanças no IOF cobrado sobre os derivativos cambiais, operações do mercado futuro utilizadas para especulação e para proteção contra variações no câmbio.

DEPRECIAÇÃO

Brasil terá que aceitar câmbio, diz BC

O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca, disse ontem o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes.

Segundo ele, que está em Londres, a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer".

ANÁLISE

Especulador estrangeiro volta a ser bem-vindo
Governo Dilma esquece "guerra cambial" e abre as portas para dinheiro em busca de oportunidade de curto prazo

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Indesejado até bem pouco tempo atrás, o investidor estrangeiro em busca de oportunidades de curto prazo é novamente bem-vindo.

Foi esse o recado que o governo Dilma Rousseff deu ontem aos mercados internacionais ao revogar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para estrangeiros que investem nos juros brasileiros, ainda entre os maiores do mundo.

A mudança de rumo tem o potencial de reverter (ou pelo menos impedir) uma alta ainda maior do dólar no Brasil, diluindo o impacto na inflação (22% dos insumos da indústria são importados) e ajudando a financiar a deterioração nas contas externas.

Isso acontece quando a indústria começava a sair do buraco com a perspectiva de recuperação nas exportações devido ao câmbio favorável.

Por outro lado, uma alta indesejada do dólar teria consequências pesadas para as grandes empresas, que quase duplicaram seu endividamento em moeda estrangeira desde a crise de 2008.

Em dezembro daquele ano, a dívida externa do setor privado era de US$ 131 bilhões; em março deste ano, somava US$ 235 bilhões.

Duas mudanças importantes ocorreram nas últimas semanas para fazer o governo mudar o discurso até então conhecido como "guerra cambial", que condenava as moedas emergentes à eterna valorização ante o dólar.

MAU HUMOR

A primeira foi a lenta, porém constante recuperação da economia americana, a ponto de o presidente do BC dos EUA dizer que os estímulos financeiros poderão ser retirados gradualmente (leia-se: enxugar dinheiro abundante em circulação).

O resultado foi o aumento geral dos juros dos títulos do governo dos EUA, que, no caso dos papéis de dez anos, subiram da casa de 1,6% para 2,1% em quatro semanas.

Esse aumento, que equivale a alta de juros do governo brasileiro de 7,5% para 8% na semana passada, absorve dinheiro de todo o mundo, valorizando o dólar ante as moedas globais, inclusive o real.

Em 30 dias, segundo a Bloomberg, o dólar subiu 5,75% no Brasil. Só perdeu para a alta da moeda americana na África do Sul e no Chile, respectivamente, de 9,27% e 6,56%.

A segunda é o desempenho fraco da economia brasileira, que segura os investimentos e perde força com a corrosão da renda pela inflação.

A fraqueza econômica acentua o mau humor crescente do investidor estrangeiro com a política do governo Dilma no setor privado, considerada intervencionista.

O ponto de virada foi a mexida nas regras de renovação das usinas hidrelétricas, em setembro do ano passado, que impactou perdas nas margens do setor elétrico.

"O estrangeiro está cansado do Brasil em razão dessa incoerência. Qual é o jogo? Quer crescer, controlar a inflação ou o câmbio. Não dá para fazer os três ao mesmo tempo", disse Sidnei Nehme, diretor da corretora NGO, que na véspera adiantara que o governo não teria alternativa a não ser retirar o IOF dos investidores estrangeiros.

Fonte: FENACON

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Planejamento de carreira: um repensar estratégico


A sociedade vem passando por mudanças significativas em diferentes aspectos da modernidade, o que evidencia a necessidade de um novo repensar acerca dos objetivos e das estratégias dos profissionais que buscam ascensão e sucesso em sua carreira.

Entender a situação política e econômica de seu país, como também a evolução de conceitos e procedimentos causados pela globalização, pela tecnologia avançada e pela agressividade do ambiente competitivo influencia na tomada de decisões no que tange a construção estratégica de uma carreira profissional.

Diante dessas constantes mudanças, é exigido cada vez mais do profissional, e muitos se percebem na necessidade de não serem guiados pelas oportunidades oferecidas por esse mercado sem um conhecimento significativo de suas competências, e aplicação destas no exercício profissional.
Ao longo da história, o conceito de carreira foi compreendido como uma ação de total responsabilidade das organizações para com seus profissionais, o que em muitos momentos, devido contexto histórico, limitava o desenvolvimento dos funcionários.

Devido à mudança no modelo de carreira, o profissional se percebe na oportunidade de focar interesses próprios, considerando sua história de vida e a formação de suas competências pessoais e profissionais.
Para o sucesso no exercício profissional, faz-se necessário desenvolver visão de futuro, considerando o contexto atual e as possibilidades de mudança como oportunidade e não ameaça. Dessa forma, é importante que o profissional compreenda a importância de trabalhar suas competências, visando ações de melhoria nas áreas individual e técnica. Com base no exposto, até que ponto um planejamento de carreira contribui para a construção de uma história profissional de sucesso?

Definir missão, valores e ações de responsabilidade social possibilita uma alta performance no exercício profissional e social. A carreira é um processo de troca, se sustentando a partir das demandas sociais. É preciso conhecer a necessidade do contexto e desenvolver estratégias de solução ou contribuição nos diferentes tipos de situações existentes.

Quando o indivíduo percebe e compreende suas características enquanto pessoa, a construção de uma carreira se estabelece mais positivamente. Alguns aspectos devem ser considerados na construção de uma carreira profissional. Dessa forma, o problema deste estudo está delimitado em sustentar a importância da elaboração de um planejamento de carreira como estratégia para melhor aplicação das competências do indivíduo nos diferentes âmbitos da vida, focando um resultado de eficácia profissional.

Os tempos modernos apresentam novas responsabilidades para a construção de uma carreira, o que indica que muitos profissionais se percebem na necessidade de ficarem atentos às possibilidades do mercado e estudos, não se limitando aos interesses da empresa, mas sim aos seus, agregados com a organização.
A carreira exige do profissional a capacidade de aprender com sua história pessoal, aplicando conhecimentos, gerando novas oportunidades de caminhos, considerando as mudanças, desenvolvendo assim, suas competências para o alcance de avanços significativos na área.

O planejamento de carreira deve ser compreendido como uma estratégia que demanda disciplina, organização e foco. Para isso, o profissional precisa estabelecer etapas, investindo no conhecimento geral e principalmente atentar-se para as oportunidades relacionadas à sua área.

Ainda, para cumprir de modo efetivo com esse planejamento, compreende-se como primeiro passo, uma análise do indivíduo sobre suas fraquezas e forças, considerando sua história de vida, realizações e sonhos, objetivando identificar a necessidade de investimento em alguns pontos como ação estratégica para lidar com as ameaças e as oportunidades no mercado de trabalho.

Como segundo passo, o indivíduo precisa definir seus objetivos e suas metas, estruturando e oportunizando os caminhos necessários para o alcance dos fins deliberados. A partir da análise interna de competências e definição de objetivos, as metas devem ser estrategicamente pensadas para que o resultado final seja alcançado com êxito, gerando realização profissional.

Este processo é contínuo e por isso não deve ser compreendido com uma etapa final, pois ele se estende até o momento determinado pelo próprio indivíduo. Dessa forma, a carreira pode ser construída e reconstruída a partir dos interesses de cada pessoa e definição de novos objetivos e metas.

Fonte: Elidiane Melo / rh.com.br 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Empresas adotam gestão apoiada em mérito


O conceito de gestão impulsionada por mérito, conhecida como meritocracia, muito usada na Europa e Estados Unidos, começa agora a ganhar mais espaço no mercado brasileiro. Hoje, empresas como a Ambev, Natura, Novar tis, Microsoft, Magazine Luiza, Todeschini , HP, Johnson & Johnson, Unimed São José do Rio Preto e Itaú já adotaram essa ferramenta de gestão caracterizada, principalmente, pela bonificação por rendimento e desempenho.

A modalidade de gestão, considerada nova por especialistas do setor, acompanha um novo momento das relações entre empregado e empregador.

"Hoje, impulsionada pelas exigências dos novos profissionais e pelo aumento da competitividade entre empresas, o conceito de meritocracia tem sido aplicado em sua essência. Dessa forma, as políticas são claras, assim como as regras de desempenho e de promoções. Ganham bônus, promoções e aumentos os funcionários que se dedicam mais, que têm melhor desempenho. Os que de fato merecem", afirmou Cezar Tegon, presidente da Elancers, empresa de recrutamento on-line.

De acordo com uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PWC), que analisa este mercado, 60% das empresas que usam esse modelo de gestão no Brasil possuem capital estrangeiro. "Nos Estados Unidos e Europa esse sistema é muito usado. Nos países em desenvolvimento, onde ainda se encontra mão de obra barata e abundante, esse conceito é menos difundido. A meritocracia tem relação direta com a maturidade da mão de obra, sua qualificação e a dificuldade em encontrá-la", completa Tegon.

A pesquisa da PWC aponta ainda que entre os principais motivos que levam as empresas a adotarem essa prática destaca-se o reconhecimento do funcionário pela recompensa, desenvolvimento de uma nova cultura empresarial e melhor classificação da mão de obra.

"Posso afirmar que a grande maioria das ´melhores empresas para se trabalhar´ adotam ou se esforçam para praticar a meritocracia, tendo políticas de desempenho e objetivos muito claros, além de premiar quem se destaca", completa ainda o presidente da Elancers.
Empresas familiares
Empresas com caráter familiar, no Brasil, ainda apresentam as principais dificuldades para adotar esse modelo de negócio. Segundo Sérgio Santos, professor de Recursos Humanos da faculdade de administração da USP, a dificuldade em aceitar novos conceitos é uma questão cultural.

"Muitas empresas não se mostram contrárias à meritocracia até perceber que o investimento para esse modelo é até 15% mais alto do que o padrão", disse ele.

Segundo o acadêmico, outro assunto que incomoda as empresas familiares são os funcionários tradicionais. "Algumas empresas contam com funcionários acomodados, que trabalham na mesma função há mais de dez anos e carregam uma série de vícios do grupo, esse tipo de funcionário é o que mais causa problema numa transformação deste modelo dentro de um grupo", diz.

Para Tegon, no entanto, essa cultura pode ser mudada com algum empenho da empresa. "Antes de se comparar com o mercado, os funcionários se comparam com o seus colegas, aqueles ao seu lado, da mesma função ou de funções semelhantes. Se ele sabe que ao trabalhar mais e buscar melhor desempenho será olhado de maneira diferente e será bonificado por ter esse mérito, ele ficará motivado e desempenhará de maneira exemplar sua função".

Para Camila Freitas, coordenadora de RH da Gi Group Brasil, qualquer empresa pode optar por esse formato de gestão desde que queira esse como um valor da empresa. "Claro que uma empresa que nunca trabalhou dessa forma, necessitará desenvolver alguns aspectos da área de Recursos Humanos. Eu acredito que tendo esse modelo bem implementado, torna mais claro ao colaborador o que é esperado dele e como ele pode atingir suas metas" detalha a executiva.

Para Denise Souza, diretora de relacionamento da Holomática, empresa especializada em recursos humanos, uma gestão apoiada em mérito precisa ser inserida dentro de uma empresa com planejamento, para que não gere competição entre os funcionários. "Tudo vai depender de como é conduzida esse formado de gestão, as empresas têm que realmente oferecer oportunidades de aprendizado e isto ocorre por meio de treinamentos, conhecimento claro de suas metas individuais e da equipe. Este é um aspecto que precisa ser fortemente gerenciado sob um modelo de Meritocracia", detalha.

Importância do gestor

O papel do gestor, inclusive, é destacado na pesquisa da PWC como principal impasse dentro deste modelo, já que é fundamental em diversas etapas do processo, desde a contratação de metas de desempenho até a avaliação do feedback. "Este é o ponto fraco desta cadeia e paira, na visão das empresas, entre as principais dificuldades", dizia o estudo.
A explicação para a dificuldade, segundo a PWC, está ligada ao tempo dedicado pelos gestores ao processo de meritocracia. "Segundo a maioria das empresas analisadas, cada integrante da média gerência responde por mais de 20 empregados por ano, em contrapartida, o tempo dedicado por eles ao processo fica abaixo de 40 horas por ano, o que é claramente insuficiente", descrevia a análise.

Homemade tem alta de 10% após novo sistema

Exemplo de empresa familiar brasileira, a Homemade, fabricante de geleias com 45 anos de tradição. também adotou o modelo de meritocracia dentro da empresa. Com o modelo o grupo registrou alta de 10% nas vendas nos últimos anos, desde que adotou a gestão de desempenho dentro de todas as áreas o grupo.

O grupo, que adotou a nova ferramenta de recursos humanos em 2011, implementou o modelo em todos os departamentos, principalmente na área de produção.

Segundo a empresa, o objetivo do grupo é estimular a motivação entre os funcionários, de forma a promover aumento natural da produtividade e agregar qualidade aos produtos.
"Os funcionários recebem treinamento sobre processo de produção, boas práticas de higiene, entre outros, como objetivo de despertar motivação em cada um", detalhou Edoardo Magli, sócio gerente da Homemade.

A iniciativa, apontou ainda a o executivo, dá aos funcionários promoção e/ou a bonificação, que é distribuída de acordo com a responsabilidade, produtividade, dedicação ao trabalho, companheirismo (iniciativa de ajudar o colega nas tarefas quando precisa) além das iniciativas para melhorar a tarefa e a produção de cada funcionário. 

Fonte: DCI – SP

Educação pode ser abatida no IR


Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não julga a discussão sobre o limite de abatimento de gastos com educação no Imposto de Renda (IR), contribuintes têm obtido liminares na Justiça Federal favoráveis à dedução integral das despesas.

No Rio de Janeiro, uma advogada conseguiu, na 11ª Vara Federal da capital, o direito de reduzir o valor a ser pago de IR com o abatimento de todos os gastos com cursos de pós-graduação. Em São Paulo, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) obteve liminar para seus associados no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (SP e MS). A decisão, por ter abrangência nacional, beneficia 25 mil sindicalizados, segundo o presidente da entidade, Pedro Delarue. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) já recorreu das decisões.

Antiga, a questão ganhou novamente força com a apresentação pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra o teto estabelecido pela União. A entidade argumenta no processo, ajuizado em março, que o limite viola garantias constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e o direito de todos à educação. O impacto da causa, segundo a Receita Federal, seria de R$ 1,2 bilhão ao ano.

A entidade decidiu ir ao Supremo depois de os contribuintes obterem um importante precedente no TRF da 3ª Região. Em março de 2012, o Órgão Especial da Corte declarou o limite inconstitucional por violar o direito de acesso à educação previsto na Constituição Federal, além da capacidade contributiva. "Se a Constituição diz que é dever do Estado promover e incentivar a educação, é incompatível vedar ou restringir a dedução de despesas", diz na decisão o relator do caso, desembargador Mairan Maia.

Em 2006, o TRF da 5ª Região também reconheceu o direito aos contribuintes do Ceará por meio de uma ação civil pública do Ministério Público do Estado. A decisão, porém, está suspensa por uma liminar.

Com os precedentes, contribuintes têm obtido entendimentos favoráveis na Justiça. Em decisão liminar de 13 páginas, proferida no dia 29 de abril, a juíza Fabíola Utzig Haselof, substituta na 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro, julgou que a advogada Ana Paula Sauders tem o direito de abater integralmente do IR os custos com instrução. Para a magistrada, os limites fixados afrontam "violentamente" os objetivos traçados na Constituição, que no artigo 205 reconhece a educação como "direito de todos e dever do Estado e da família".

A advogada preferiu entrar com a ação agora por temer que o Supremo, caso declare inconstitucional o limite, venha a modular os efeitos da decisão. "Tenho receio da modulação. Minha preocupação é com o mestrado que começarei e me custará R$ 54 mil", diz a tributarista que desembolsou nos últimos anos R$ 17 mil com cursos de pós-graduação em direito tributário e cinema.

Em despacho, a Receita Federal informou que é impossível admitir a declaração manual da contribuinte e, por isso, adotará um procedimento especial para cumprir a decisão: informará o número do CPF dela à Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança para que a partir da declaração seja reconhecida a dedução total das despesas informadas com instrução.

Os próprios auditores fiscais foram ao Judiciário contra o limite. Ao conceder a liminar, no dia 1º de abril, a desembargadora Consuelo Yoshida, do TRF da 3ª Região, entendeu, com base na jurisprudência da Corte, que a incidência do IR sobre despesas com educação "vulnera o conceito constitucional de renda".

Apesar de ter entrado com a ação para derrubar o limite de dedução, o Sindifisco defende o aumento do teto. Na terça-feira, vai propor um projeto de lei de iniciativa popular para elevar o limite dos atuais R$ 3.375 para R$ 12 mil. "Acabar com o limite cria distorções. O Estado seria obrigado a financiar a educação de uma criança que estuda em uma escola caríssima", diz Pedro Delarue, do Sindifisco. "Com o teto de R$ 12 mil, o contribuinte teria uma redução de R$ 4 mil no imposto, o mesmo valor desembolsado pelo Estado para manter um aluno na escola pública", completa. (BP)

Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Receita institui regras para a prestação de informações relativas a operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros


Por meio da norma em fundamento, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) estabeleceu as normas para emissão e envio de arquivo em meio magnético contendo dados relativos a operações em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros e em mercados de balcão organizado, para fins de apuração do Imposto de Renda, e instituiu o Informe de Operações em Mercados Organizados de Valores Mobiliários.
Tais regras são aplicáveis às sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e às sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários autorizadas a operar em bolsa, as quais deverão fornecer a seus clientes, pessoas físicas e jurídicas, informações sobre as respectivas operações realizadas, observando-se que se aplicam também:

a) às demais instituições intermediadoras que receberem diretamente a ordem do cliente para transferência de ações em custódia, ainda que por meio de operações não financeiras (doação, ordem judicial, conversão de ações para Depositary Receipts - DR, ou cancelamento);
b) na hipótese de alienação de ações no mercado à vista em valor igual ou inferior a R$ 20.000,00.
Para esse efeito, foi instituído o Informe de Operações em Mercados Organizados de Valores Mobiliários, compreendendo as bolsas de valores, de mercadorias e de futuros e os mercados de balcão organizado, o qual deverá conter as informações constantes no leiaute especificado no Anexo Único a referida norma.
Ressalta-se que o Informe de Operações em Mercados Organizados de Valores Mobiliários será enviado, em meio digital, ao investidor, mensalmente. De outro lado, as instituições obrigadas à entrega do informe deverão conservar os sistemas utilizados para processamento das movimentações mensais, bem como das bases de dados processadas, de forma a possibilitar a recomposição e comprovação das informações constantes no informe, enquanto perdurar o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
A não apresentação do informe no prazo estabelecido, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, sujeitará a pessoa jurídica obrigada às seguintes multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, com a redação dada pela Lei nº 12.766/2012:

a) por apresentação extemporânea:
a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido;
a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo autoarbitramento;
b) por não atendimento à intimação da RFB, para apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal, que nunca serão inferiores a 45 dias: R$ 1.000,00 por mês-calendário;
c) por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas, incompletas ou omitidas: 0,2%, não inferior a R$ 100,00, sobre o faturamento do mês anterior ao da entrega da declaração, do demonstrativo ou da escrituração equivocada, assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços.
A prestação de informações falsas configura hipótese de crime contra a ordem tributária, prevista no art. 2º da Lei nº 8.137/1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
As regras ora instituídas começam a vigorar a partir de 25.07.2013, sendo que o 1º informe deverá ser disponibilizado no ano-calendário de 2013, até o dia 20 do mês seguinte ao do encerramento do período de apuração.
(Instrução Normativa nº 1.349/2013 - DOU 1 de 26.04.2013)

Fonte: Editorial IOB

terça-feira, 26 de março de 2013

Inadimplência cai, mas taxas de juros cobradas pelos bancos sobem


A taxa de inadimplência das famílias caiu pelo quinto mês seguido. Passou de 5,5% para 5,4% em fevereiro. Esse são os dados do novo tipo de cálculo feito pelo Banco Central desde o mês passado. A diferença é a inclusão de todo o tipo de crédito na conta. Antes, o BC calculava o nível de calote da pessoa física apenas sobre os recursos que os bancos tinham liberdade para emprestar como desejavam. O crédito direcionado estava fora dessa proporção. Mesmo com a queda da inadimplência, a taxa de juros cobradas pelos bancos subiu.
Segundo a autoridade monetária, a média dos juros cobrados das famílias subiu pelo segundo mês seguido. Aumentou de 24,7% ao ano para 24,9% ao ano no mês passado. Para o BC, a alta foi sentida principalmente no crédito pessoal e no cheque especial.
No entanto, o percentual de operações com atrasos superiores a noventa dias das empresas ficou estável em 2,3%. A taxa média geral de juros cobrados pelos bancos para as pessoas jurídicas também ficou estável em 14% ao ano, em fevereiro.
O saldo total de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 2,4 trilhões em fevereiro: um aumento de 0,7% no mês e de 16,8% em doze meses. De acordo com a autarquia, o resultado mensal refletiu a maior demanda de recursos pelas empresas. O crescimento dessas operações registraram foi de 0,9%. Já os empréstimos destinados às famílias tiveram um incremento de 0,5%. A relação entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se estável em fevereiro relativamente ao mês anterior em 53,4%.
Entretanto, as concessões de crédito, que correspondem aos desembolsos realizados no mês, caíram 5,1%. Para o BC, a queda justifica-se por causa do número de dias úteis. Foram assinados novos contratos de crédito que somam R$ 254 bilhões em fevereiro. As concessões a pessoas físicas recuaram 7,9% principalmente nos cartão de crédito à vista e aquisição de veículos. Entre as empresas, a queda foi de 2,1% decorreu vista, principalmente nos desembolsos relativos a financiamentos para investimento com recursos do BNDES.

Fonte: O Globo

A redução da participação da indústria na economia.

A redução da participação da indústria na economia é irreversível. Entender as mazelas no setor de serviços é fundamental para o país

A importância da indústria na economia nunca mais será como antes. Adotar políticas para tentar recuperá-la é lutar contra as forças da "natureza" e contra o inevitável. A maior preocupação deve ser com a produtividade do setor de serviços.

A participação da indústria no PIB no Brasil cresceu de 36% na década de 60 para 45% nos anos 80, quando atingiu o seu ápice. De lá para cá, a sua importância declinou e fechou 2011 com 28%. No mesmo período, o peso da agricultura caiu de 16% para 5% e a estrela em ascensão é o setor de serviços (de 45% para 67%).

Esse processo de transformação estrutural e secular está em sintonia com o verificado na América Latina e no mundo. Ele tende a ocorrer mais tardiamente em países em desenvolvimento, mas com uma velocidade mais rápida.

No caso brasileiro, o ritmo da queda da indústria foi significativo. Do auge dos 80 até o final da década passada, somente 20 países tiveram uma redução no share (participação) da indústria superior a dez pontos percentuais (comparando a média das décadas), sendo o Brasil (-17%) o oitavo da lista. A Bulgária (-30%) lidera. Reino Unido (-14%), África do Sul (-12%) e Austrália (-11%) também estão presentes. O fato é que o Brasil hoje tem um share próximo aos 26% de alguns países ricos.

É pouco provável que ocorra um retrocesso, porque, à medida que a população fica mais rica, ela passa a demandar relativamente mais serviços, em vez de realizá-los por conta própria. E como na indústria o crescimento da produtividade é superior ao dos serviços, é necessária uma fração cada vez menor de trabalhadores empregados no primeiro setor. Os que ficam ociosos são direcionados para o segundo.

De fato, desde a década de 70, somente 21 países registraram um aumento superior a três pontos percentuais da participação da indústria no PIB em uma década -após uma queda na anterior.

Dessa lista, fazem parte nações bem diferentes do Brasil: oito países que, como a Arábia Saudita, têm participação significativa do petróleo na economia e são, por isso, vulneráveis aos preços no mercado internacional; seis países pobres da África, como Serra Leoa, envolvido em conflito interno; e sete países com população igual ou inferior a 1,5 milhões de habitantes, como Suriname. As exceções são México e Peru, cujas indústrias historicamente têm participação de cerca de 30% e registraram aumentos em torno de quatro pontos percentuais na primeira década deste século.

Não seria surpresa, portanto, se o share da indústria brasileira continuasse em torno do atual patamar ou caísse nas próximas décadas na direção do patamar de países desenvolvidos como Grã-Bretanha (24%), Estados Unidos (22%) e França (21%).

Esse processo vem com um custo e um perigo. O custo é decorrente do fato de a produtividade agregada de um país ser o resultado da média ponderada dos três setores da economia. Como a produtividade da indústria é maior do que a de serviços, além de crescer mais rapidamente, a mudança da força de trabalho para o setor de serviços tende a reduzir a produtividade total da economia e, por conseguinte, o seu potencial de crescimento.

Já o perigo consiste em tentativas de frear o processo de transformação setorial, para evitar o potencial custo, e defender a indústria por meio de políticas públicas: proteção tarifária, isenções fiscais, desonerações trabalhistas e juros subsidiados, dentre outras. O tiro tende a sair pela culatra, pois a produtividade agregada termina sendo menor do que poderia ser, dada a dificuldade em saber exatamente quais empresas incentivar. Ademais, lutar contra as forças da "natureza" é inócuo.

O foco deveria estar em soluções para aumentar a produtividade dos serviços. O fato desse setor não ser aberto à competição internacional e ser intensivo em mão de obra, que é pouco qualificada no Brasil, pode explicar parte do atraso. Já que a indústria é passado, então, entender melhor a natureza das mazelas nos serviços é fundamental para o país.

Fonte: Folha de S. Paulo

Impostos são 1/3 do valor do ovo de Páscoa


Se colocarmos na ponta do lápis, os tradicionais ovos de páscoa dificilmente apresentarão uma boa relação custo/benefício, tendo em vista que seus preços costumam ser consideravelmente superiores ao que é cobrado normalmente nas barras de chocolate. Essa diferença pode ser explicada pela demanda que os itens possuem durante o período festivo, mas o que acaba pesando mesmo no bolso do consumidor são os impostos que recaem sobre os produtos e que representam até 32,25% do valor final.

A informação é de uma pesquisa da empresa de consultoria e auditoria, BDO, que mostrou quanto os tradicionais produtos de Páscoa custam em impostos. Ainda de acordo com o estudo, o índice registrado nos ovos de chocolate - que representa quase um terço do valor do produto - só não é maior do que o dos vinhos, que foi de 47,25%. O bacalhau e o azeite também se destacaram negativamente, já que apresentaram, os dois, um percentual de 27,25%

Recorde na arrecadação

A pesquisa da BDO com os produtos da Páscoa é apenas mais uma forma de evidenciar a quantidade de impostos que paga o brasileiro. Para se ter uma ideia, somente no primeiro mês do ano, o governo recolheu R$ 116,066 bilhões em impostos e contribuições, com destaque para o pagamento dos tributos que incidiram sobre o lucro obtido pelas empresas no ano passado, sobretudo as instituições financeiras.

O resultado significa um crescimento real de 6,6% em relação a janeiro do ano passado, quando a arrecadação tinha atingido uma marca histórica ao superar, pela primeira vez, os R$ 100 bilhões em um mês.

"O resultado de janeiro é explicado pela maior arrecadação do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com peso bastante relevante da antecipação do pagamento das parcelas do ajuste anual de 2012", explicou o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto.

Lucro puxa

O secretário comentou ainda que foi a arrecadação de tributos sobre o lucro, e não sobre a produção, que contribuiu para o volume recorde de janeiro. Ele destacou que tanto em dezembro de 2012, quanto no primeiro mês deste ano - se comparados a seus respectivos meses de anos anteriores -, houve queda da produção industrial no País. "A produção não teve relevância sobre esses tributos", afirmou.

O aumento do valor em dólar das importações, que reflete nos tributos sobre produtos comprados no exterior, e a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para cigarros também reforçaram os números.

Desonerações

O resultado de janeiro só não foi melhor porque a arrecadação de muitos tributos registrou queda em relação ao mesmo mês do ano passado em função das desonerações promovidas pelo governo federal. Entre os benefícios estão as mudanças sobre a folha de salários, a diminuição do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, a redução a zero da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) que incide sobre os combustíveis, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas. 

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 20 de março de 2013

Economistas e representantes de entidades não acreditam em reforma tributária

Todo mundo sabe, inclusive o governo, que o Brasil precisa de uma reforma tributária de verdade. Mas ela não vai sair porque mexe com interesses diversos e depende de um pacto entre União, estados e municípios. A saída são medidas pontuais e temporárias como as desonerações recentes de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da folha de pagamento e dos impostos da cesta básica. É mais ou menos isso o que pensam economistas e representantes de diferentes entidades ouvidas pela reportagem da FOLHA. 

"O que o governo vem fazendo são remendos. Estamos chegando ao limite da exaustão do sistema tributário brasileiro. Esse sistema provoca disfunções e desorganização na atividade econômica", afirma o coordenador do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Maurílio Schmitt. Apesar disso, segundo ele, a reforma não virá. "Ainda mais neste momento que estamos: na antessala das eleições", justifica. 

De acordo com Schmitt, as desonerações da folha de pagamento representaram um avanço para as indústrias que exportam. Em vez de 20% de INSS sobre os salários dos empregados, as empresas passaram a contribuir com alíquotas que vão de 1% a 2% do faturamento. O economista da Fiep explica que, como a legislação isenta as exportações, as indústrias conseguem agora retirar também os encargos trabalhistas da produção que vai para o exterior. "Na hora de fechar a apuração do mês, segrega-se os faturamentos resultantes das vendas internas e externas", afirma. 

Para o mercado interno, segundo ele, o impacto da mudança é pequeno, quando não representa desvantagem. "As indústrias intensivas em mão de obra passaram a pagar menos, só que esta diferença não é tão expressiva como se imagina. Já as que são muito automatizadas não levaram vantagens. Em alguns casos, estão pagando mais", garante. 

Economista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcelo Curado diz que o País precisa de uma "desoneração horizontal para toda a economia, que promova a redução da carga tributária bruta", que hoje é uma das maiores do mundo, chegando a 35% do Produto Interno Bruto (PIB). 

Segundo ele, as medidas do governo da presidente Dilma Rousseff nada têm a ver com reforma tributária, ainda que fatiada. "O governo usa o instrumento tributário como mecanismo de política fiscal a curto prazo", alega. Prova disso, de acordo com ele, foram as reduções do IPI dos automóveis e da linha branca, que já está sendo recomposto nas alíquotas anteriores. "O governo faz assim: se precisa acelerar um determinado setor, ele desonera. Se precisa controlar a inflação, desonera. Não existe uma política planejada e consistente", opina. Para o professor, da mesma maneira que tem feito para acelerar a economia, o governo irá retirar as desonerações quando precisar segurá-la. 

Ele admite que fazer uma reforma tributária é uma tarefa "muito complicada" porque não depende só do presidente, mas também de governadores e prefeitos. "Quando se mexe com tributação, você está mexendo com interesses diversos e muito difíceis de conciliar", declara. Apesar disso, afirma que cabe ao governo federal liderar o processo da reforma, se articulando com as autoridades estaduais, municipais, empresários, trabalhadores e parlamentares. 

Curado lembra que Dilma defendeu a reforma no início do governo. "Havia uma proposta de criação de um imposto único que morreu na praia. O governo não irá implementá-la", acredita. 

Fonte: Folha web

segunda-feira, 11 de março de 2013

Desacelere a vida profissional para preservar a sua saúde

O susto que Elísio João Viciana e Rosângela Ojuara tomaram mudou radicalmente suas vidas. Estresse, sedentarismo e alimentação desregrada os levaram a ter problemas de saúde e, consequentemente, a repensarem sua forma de encarar a vida profissional. Aos 25 anos, Viciana quase teve um enfarte. Mesmo seus pais terem tido problemas coronários, o executivo, que hoje é vice-presidente da Mapfre Investimentos, trabalhava 16 horas por dia, não praticava atividades físicas e quase todos os dias comia fast food em sua mesa do escritório. “A busca pelo sucesso e pelo bônus anual os estimulava a seguir essa rotina. Achava que lazer era perda de tempo”, lembra Viciana, que ficou oito anos sem sair de férias. Desde o episódio, o executivo mudou sua alimentação, passou a praticar atividade física e a viajar em suas férias. Ele não chegou a se afastar da gestora de recursos para qual trabalhava — e administrava R$ 4,5 bilhões de terceiros —, mas mudou radicalmente sua postura. "Busquei melhorar minha alimentação, principalmente no que diz respeito à qualidade dos alimentos. Também passei a frequentar a academia três vezes por semana e busquei reduzir o ritmo frenético do trabalho, embora este último tenha sido mais difícil”, diz.

O executivo, hoje com 39 anos, mantém até hoje a rotina que adotou desde os 25 anos. “Se pudesse dar um conselho aos profissionais que buscam, a qualquer custo, sucesso e retorno financeiro é: tenha mais equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Você pode até ver o resultado no curto prazo, porém o prejuízo no longo prazo, principalmente no que diz respeito à saúde, pode ser grande”, sugere. Já Rosângela se alimentava bem e praticava exercícios físicos regularmente. Porém, seu "calcanhar de Aquiles" era o estresse e pressão que sofria por resultados. “Certa vez, estava fazendo exercícios e meus batimentos cardíacos foram a 200 por minuto. Me levaram ao hospital e o médico me disse que o caso era grave e que precisaria operar. Não dei ouvidos. Consultei mais dois especialistas que disseram o mesmo. Um deles, inclusive, disse que se não o fizesse teria só mais um mês de vida”, lembra.

Demissão

Rosângela tinha um problema congênito no coração, agravado pelo estresse.Otrauma a fez pedir demissão mesmo estando afastada do trabalho por três meses. Foi então que ela decidiu virar coaching. “Continuo fazendo absolutamente tudo o que fazia antes. Porém agora meus horários são flexíveis”, diz, ponderando que quando a mudança de vida é muito radical, a pessoa precisa saber que se privará de algumas coisas e se poupará de outras. Especialistas dizem que casos como os de Elísio e Rosângela são mais comuns do que imaginamos e, para evitá-los, é preciso alguns cuidados. “As pessoas têm a ideia de que o tempo precisa ser aproveitado ao máximo e, consequentemente família, amigos e até a própria saúde ficam de lado”, alerta Antonio Carlos Till, diretor-médico da clínica Vita Check-Up Center, lembrando que muitas vezes um susto, seja com ele ou com pessoas próximas, é sempre um fator motivador de mudanças.

Andrea Sette, clínica geral da Rede D'Or São Luiz diz que é preciso praticar atividade física, de três a quatro vezes por semana e alimentar-se adequadamente, ou seja, reduzir a ingestão de alimentos processados, refrigerante e frituras. “A primeira medida é entender os fatores que levam ao enfarte e ao acidente vascular cerebral (AVC) e evitá-los, já que são os problemas mais graves, e mais comuns, de executivos de alta liderança”, afirma. Para os que já sofreram algum tipo de problema, os cuidados passam a ser ainda mais intensos, e as visitas aos médicos constantes. “A vigilância é permanente”, diz o diretor-médico da Vita Check-Up Center. 


Fonte: Brasil Econômico

Falta de gestão profissional é entrave para voos mais altos

O Brasil é hoje uma potência econômica, apesar do pibinho de 2012. Ainda falta muito para eliminar a miséria, mas temos desemprego baixo. Mas como alcançar novos patamares econômicos?

É preciso incrementar, obviamente, a infraestrutura, seja na área de transportes e energia, seja na de educação.

Existe muito dinheiro de bancos e fundos de investimento à disposição de bons empreendimentos privados ou não. Mas tudo é muito lento ou não acontece de maneira totalmente eficiente. Então, qual é o problema?

O Brasil tem profissionais entre os mais reconhecidos no mundo em engenharia e medicina. Mas não é possível dizer o mesmo de administradores e de contadores.

Nos Estados Unidos e em países da Europa, esses profissionais são reverenciados. É claro que temos excepcionais representantes dessas áreas no Brasil, mas há também um imenso amadorismo, com alto custo.

Por que empresas pequenas, e mesmo grandes (inclusive bancos), fecham tão cedo? Quantas se tornam altamente endividadas sem ao menos saberem como isso ocorreu? Quantas não conseguem receber investimentos pela simples incapacidade de demonstrar o seu resultado?

É grande o número de empreendedores que operam seus negócios em voos completamente cegos, desorganizados, orientando-se apenas por meio de uma frágil gestão diária da tesouraria.

É preciso haver maior respeito pelas ferramentas do bom gestor: a contabilidade, com seus balanços, controles e fluxos de caixa. Só assim é possível atrair a confiança dos investidores e o respeito do banco na hora de alongar dívidas. A governança depende de informações confiáveis e transparentes.

Até os anos 80, empreendedores eram raros, com a grande massa querendo trabalhar para o Estado -Petrobras, BB, Caixa etc.

Empreender é algo novo por aqui. Então, ainda não se entende nem se apoia devidamente o nobre papel do contador, limitando-o como especialista fiscal e trabalhista. O resultado é que pequenas e grandes corporações ainda perecem pela falta de um acompanhamento técnico dos indicadores de desempenho gerados por uma contabilidade competente.

É preciso haver esses controles já no início do negócio. A contabilidade é a linguagem universal de registro e de comunicação dos eventos econômicos nas empresas. O administrador que a negligencia gosta de riscos.

RICARDO NEGREIROS, da RN Executivos, é reestruturador de empresas e autor do "Manual do Reestruturador de Empresas"

Fonte: Folha de S.Paulo

Rumo à Bolsa


O crescimento cada vez mais descentralizado da economia brasileira está levando a Bolsa a sair do eixo Rio-São Paulo em busca de empresas de médio e pequeno portes, com alto potencial, para abrir o capital.

A explicação é simples. A estimativa é que existam no país 15 mil companhias com potencial para abrir o capital -e a BM&FBovespa conta hoje só com 454 empresas.

Para atrair essas empresas, a BM&FBovespa e a Amcham (Câmara Americana de Comércio) vão fazer, ao longo deste ano, eventos que funcionam como workshops com a exposição de advogados, bancos de investimento, auditores e profissionais do mercado financeiro.

"A gente conhece pouco as empresas fora do eixo Rio-São Paulo, mas há um processo de descentralização da economia brasileira", disse Fernando Schmitt, diretor de regionais da Amcham.

"Começamos a ver empresas que crescem em ritmo de dois dígitos e que vão chegar logo a um faturamento acima de R$ 300 milhões."

As regiões de maior interesse são Curitiba, Belo Horizonte, Ribeirão Preto (interior de São Paulo) e Goiânia.

"Temos muitas empresas regionais familiares, do 'mid-dle market'. O objetivo é ajudar na sofisticação financeira dessas empresas", disse Frederico Rodrigues, sócio do Souza, Cescon Advogados, que participa da iniciativa.

O ponto alto dos eventos é o testemunho de empresas como Arezzo, Odontoprev e Droga Raia sobre o processo de entrada na Bolsa. Os empresários participantes também são levados a Nova York para ter contato com autoridades, reguladores e profissionais de Wall Street.

A iniciativa começou em 2010, mas só agora que algumas empresas despontam com maturidade para estrear no mundo dos investidores profissionais.

É o caso do grupo mineiro Orguel, que atua na fabricação e locação de equipamentos para construção civil, indústria e obras de infraestrutura como exploração de gás.

Fundada há 50 anos, a Orguel investiu na profissionalização da gestão, reorganizou a estrutura societária e, no ano passado, admitiu como sócio o fundo norte-americano Carlyle, de "private equity" (participação em empresas fechadas), que comprou 25% do capital.

Até a entrada do Carlyle, a Orguel financiava um crescimento que superava 30% ao ano com o próprio caixa, o que limitava suas oportunidades de negócio.

O próximo passo é abrir o capital na Bolsa, o que ainda não tem data e que depende de condições favoráveis de mercado para acontecer. "Não temos pressa. Pode acontecer entre um e dois anos", disse Sergio Guerra, presidente da Orguel.

LONGO CAMINHO

A saga de uma empresa familiar que busca dinheiro de investidores profissionais começa com a profissionalização da gestão, organização da contabilidade, cisão entre os bens da família e os da empresa, formalização de um conselho de administração e a contratação de auditores independentes.

Com a contabilidade passada a limpo, o que implica no reconhecimento de perdas potenciais com contenciosos trabalhistas e tributários, abre-se o caminho para a entrada de fundos como sócio.

Se for bem trilhado, chegar à Bolsa será um caminho que demora mais de cinco anos, sem contar as condições nem sempre favoráveis de mercado para captar recursos.

Antes de estrear na Bolsa, a empresa precisa ter pelo menos dois anos de balanço auditado. "Quanto antes se planejar, menor o custo pago pela urgência na hora de abrir o capital", disse Cristiana Pereira, diretora da Bovespa.

Fonte: Folha de S.Paulo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Probabilidade de alta da Selic em 2013 cresce!


As declarações desta terça-feira, 19, do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçaram entre analistas a percepção de que a probabilidade de uma elevação dos juros básicos (Selic) ainda em 2013 cresceu substancialmente.

Tombini afirmou que osciclos monetários – ou seja, as altas e baixas da Selic – continuam valendo no País. Em outras palavras, a taxa básica será reajustada para conter a inflação se o BC entender que é preciso.

"Não há dúvidas de que a possibilidade de uma alta da Selic ocorrer ainda neste ano vem crescendo", disse o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. Isso não significa que essa eventual alta ocorreria em breve, como o próprio mercado chegou a cogitar nas últimas semanas.

Outra observação importante é a de que, mesmo com esse aumento de probabilidade, a maioria dos economistas de mercado continua acreditando que a Selic não sofrerá alterações neste ano. Permanecerá no nível atual, de 7,25% ao ano. O próprio Lima Gonçalves está nesse ‘time’.

"O BC poderia trazer a inflação para o centro da meta no fim do ano ou no início de 2014, mas, para isso, seria obrigado a provocar uma recessão na economia brasileira. Será que algum político está disposto a uma ação como essas?", indaga.

O economista pondera que, apesar de a inflação estar forte neste início de ano (6,15% nos 12 meses encerrados em janeiro, ante um teto de meta de 6,5%), a atividade econômica permanece fraca. A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido apenas 1% em 2012. O dado oficial será divulgado no próximo dia 1º de março.

O economista Fabio Silveira, da RC Consultores, concorda. "No ambiente econômico que vivemos hoje no Brasil, a única variável forte é o consumo. Se o BC acionar a taxa básica de juros, vai atingi-la em cheio", argumenta. Por isso, ele tem uma avaliação ousada em comparação com muitos dos seus colegas: o Copom reduzirá novamente a Selic. "Acreditamos em uma queda de 0,25 ponto porcentual na última reunião do ano", disse.

Câmbio

Nesse contexto, muitos especialistas avaliam que a taxa de câmbio continuará a ter um papel importante no combate à inflação ao longo de 2013.

O vice-presidente de Tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, disse que, apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado na sexta-feira que o controle da inflação no Brasil é feito via taxa de juros, os investidores ainda veem o câmbio como variável importante para ajudar a deter a escalada dos preços. Nesta terça, por exemplo, o real voltou a se fortalecer ante o dólar. A moeda americana caiu 0,41%, para R$ 1,955. No ano, a perda ante o real é de 4,4%.

O economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, concorda que o câmbio vem sendo usado como coadjuvante no controle da inflação. Mas, diante das declarações de Tombini, ele levanta outra dúvida. "Se o BC realmente elevar a Selic, será que a autoridade monetária vai soltar um pouco o dólar, que no nível abaixo de R$ 2 representa um risco ao crescimento do País?", indaga.

Fonte: Estadão

Definidas as regras para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2013


A Receita Federal divulgou nesta terça-feira as regras para a declaração do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas de 2013, que tem como base o ano de 2012. O prazo de entrega vai de 1º de março a 30 de abril e a multa mínima para o descumprimento é de R$ 165,74.

A declaração deve ser enviada pela internet, utilizando o Programa Gerador de Declaração (PGD) disponível no site da Receita Federal, ou entregue via disquete nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.

De acordo com o Diário Oficial da União, estão obrigadas à apresentação da declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 24.556,65 em 2012.Também devem declarar, as pessoas que receberam rendimentos isentos cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.

A declaração é obrigatória, ainda, para quem obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, ou realizou operações em bolsas de valores. Pessoas que passaram a residir no Brasil em qualquer mês de 2012 também devem declarar.

Em relação à atividade rural, a obrigatoriedade está para quem teve receita bruta superior a R$122.783,25 ou a posse de bens ou diretos, incluindo terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00.

Para quem deseja se aprofundar um pouco mais sobre o assunto, segue o link da Instrução Normativa 1.333 de 18/02/13.


Fonte: RFB

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Um ano melhor, ainda somos capazes de viver!


Sabe-se que de uns tempos para cá, a falta de tempo acaba por roubar o tempo de nossa vida, o excesso de trabalho, as muitas responsabilidades, o desejo de conquistar coisas melhores, status, promoções, mais dinheiro, títulos etc... Apesar de vivermos a era da informação da rapidez proporcionada pelo conforto tecnológico, outrora um notebook era algo magnífico, agora temos “smartphone”, “tablet”, objetos esses que cabem na palma da mão e podem acessar qualquer tipo de informação como, conta corrente, materiais de estudo, aplicações financeiras, vídeos, notícias, informação do trânsito, de qualquer lugar, a fim de facilitar a vida das pessoas e fazer com que elas tenham mais tempo para se encherem de outras mil responsabilidades!

A realidade humana em certos momentos parece utopia. Desejamos fazer e realizar tantas coisas que esquecemos que possuímos limitações físicas, psicológicas, emocionais e precisamos uns dos outros para aprender, crescer e conquistar o sonho.

De fato 2012 não foi um ano fácil, contudo não foi ruim ao extremo, pois chegamos ao final dele e estamos de pé!
Agora deixo a seguinte mensagem de ano novo a você meu amigo (a) 2013 não será fácil, e nem difícil isso dependerá de como iremos encará-lo. Não deixemos que a era da informação e facilidade roubem o nosso contato, um almoço, um lanche, um café, ou simplesmente uma troca de ideias entre nós pode fazer toda a diferença para vivermos um ano ainda melhor do que foi 2012 e termos mais tempo para as coisas mais bacanas e simples da vida.

FELIZ 2013 A VOCÊ E TODA A SUA FAMÍLIA!!!
FAÇAMOS A DIFERENÇA!!!

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo é prudência” 
(Provérbios 9:10).

"A busca pela sabedoria jamais pode ser separada da busca por Deus. Se a nossa filosofia não é controlado por uma teologia firme, enfrenta uma barreira impossível de superar."