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"...É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a Fracassos e Derrotas, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, pois vivem em uma penumbra cinzenta tão grande que não conhece vitória nem derrota...."

(..Theodore Roosevelt..)

Que Deus nos abençoe!

“A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.”

(Abraham Lincoln)

segunda-feira, 11 de março de 2013

Rumo à Bolsa


O crescimento cada vez mais descentralizado da economia brasileira está levando a Bolsa a sair do eixo Rio-São Paulo em busca de empresas de médio e pequeno portes, com alto potencial, para abrir o capital.

A explicação é simples. A estimativa é que existam no país 15 mil companhias com potencial para abrir o capital -e a BM&FBovespa conta hoje só com 454 empresas.

Para atrair essas empresas, a BM&FBovespa e a Amcham (Câmara Americana de Comércio) vão fazer, ao longo deste ano, eventos que funcionam como workshops com a exposição de advogados, bancos de investimento, auditores e profissionais do mercado financeiro.

"A gente conhece pouco as empresas fora do eixo Rio-São Paulo, mas há um processo de descentralização da economia brasileira", disse Fernando Schmitt, diretor de regionais da Amcham.

"Começamos a ver empresas que crescem em ritmo de dois dígitos e que vão chegar logo a um faturamento acima de R$ 300 milhões."

As regiões de maior interesse são Curitiba, Belo Horizonte, Ribeirão Preto (interior de São Paulo) e Goiânia.

"Temos muitas empresas regionais familiares, do 'mid-dle market'. O objetivo é ajudar na sofisticação financeira dessas empresas", disse Frederico Rodrigues, sócio do Souza, Cescon Advogados, que participa da iniciativa.

O ponto alto dos eventos é o testemunho de empresas como Arezzo, Odontoprev e Droga Raia sobre o processo de entrada na Bolsa. Os empresários participantes também são levados a Nova York para ter contato com autoridades, reguladores e profissionais de Wall Street.

A iniciativa começou em 2010, mas só agora que algumas empresas despontam com maturidade para estrear no mundo dos investidores profissionais.

É o caso do grupo mineiro Orguel, que atua na fabricação e locação de equipamentos para construção civil, indústria e obras de infraestrutura como exploração de gás.

Fundada há 50 anos, a Orguel investiu na profissionalização da gestão, reorganizou a estrutura societária e, no ano passado, admitiu como sócio o fundo norte-americano Carlyle, de "private equity" (participação em empresas fechadas), que comprou 25% do capital.

Até a entrada do Carlyle, a Orguel financiava um crescimento que superava 30% ao ano com o próprio caixa, o que limitava suas oportunidades de negócio.

O próximo passo é abrir o capital na Bolsa, o que ainda não tem data e que depende de condições favoráveis de mercado para acontecer. "Não temos pressa. Pode acontecer entre um e dois anos", disse Sergio Guerra, presidente da Orguel.

LONGO CAMINHO

A saga de uma empresa familiar que busca dinheiro de investidores profissionais começa com a profissionalização da gestão, organização da contabilidade, cisão entre os bens da família e os da empresa, formalização de um conselho de administração e a contratação de auditores independentes.

Com a contabilidade passada a limpo, o que implica no reconhecimento de perdas potenciais com contenciosos trabalhistas e tributários, abre-se o caminho para a entrada de fundos como sócio.

Se for bem trilhado, chegar à Bolsa será um caminho que demora mais de cinco anos, sem contar as condições nem sempre favoráveis de mercado para captar recursos.

Antes de estrear na Bolsa, a empresa precisa ter pelo menos dois anos de balanço auditado. "Quanto antes se planejar, menor o custo pago pela urgência na hora de abrir o capital", disse Cristiana Pereira, diretora da Bovespa.

Fonte: Folha de S.Paulo

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