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"...É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a Fracassos e Derrotas, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, pois vivem em uma penumbra cinzenta tão grande que não conhece vitória nem derrota...."

(..Theodore Roosevelt..)

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(Abraham Lincoln)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Emprego formal nos pequenos negócios cresce 120%

Os pequenos negócios foram os principais empregadores no país em abril. Mais de 140 mil pessoas ingressaram no mercado formal de trabalho gerado pelas empresas de micro e pequeno porte, resultando em aumento expressivo de 120% na oferta de vagas, frente ao mês de março. O saldo positivo equivale à geração de mais de 4,6 mil vagas por dia. Com esses resultados, os pequenos negócios responderam por 71% dos empregos criados em abril.

No período, as empresas de Serviços foram as que mais contrataram, totalizando 59,5 mil novos postos de trabalho. Os segmentos de comercialização e administração de imóveis, que responderam por 18,4 mil vagas, e os empreendimentos de transportes e comunicações, que geraram 17,3 mil empregos, somaram as maiores contratações em abril.

“O crescimento do emprego no setor de Serviços é diretamente impulsionado pela alta do consumo, principalmente da classe C, que demanda cada vez mais serviços diferenciados e de qualidade”, analisa o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Também verificamos contratações expressivas na construção civil e na indústria de transformação, reflexo dos investimentos promovidos pelo governo e das medidas de estímulo à produção industrial, como a desoneração da folha de pagamento e a redução da tarifa de energia”, acrescenta.

Os pequenos negócios da Construção Civil registraram o segundo maior saldo na geração de empregos, com quase 32 mil postos ocupados. As micro e pequenas indústrias de transformação contrataram mais de 20 mil trabalhadores formais, com destaque para a indústria têxtil, com 3.642 vagas preenchidas. A análise do Caged também mostrou, em abril, contratação na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com a geração de 2,9 mil novos postos de trabalho, e na indústria mecânica, que contratou 2,4 empregados.

O saldo total de empregos gerados em abril - incluindo os postos ocupados nas micro e pequenas, médias e grandes empresas e na administração pública - somou 196.913 vagas. Enquanto nos empreendimentos de micro e pequeno porte o aumento na ocupação de vagas foi de 120%, as empresas médias e grandes registraram um aumento de 25,4%. Entre os pequenos negócios, São Paulo foi o estado que mais contratou, com o ingresso de 43.298 pessoas no mercado formal.

Dono da Multitec Construções, pequena empresa especializada em reformas e manutenção industriais, o engenheiro Ronaldo Guandalin aumentou em 12% o quadro de funcionários no mês de abril. O negócio, que atua em 12 obras no estado de São Paulo, está hoje com 40 empregados. “Tivemos um acréscimo na demanda por serviços e precisamos reforçar o número de funcionários”, conta o empresário.

Fonte: SEBRAE

IOF para aplicações estrangeiras em renda fixa cai de 6% para zero, o que tende a atrair a moeda e baixar cotação

O governo Dilma decidiu zerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores estrangeiros que aplicam em títulos de renda fixa, que estava em 6%.

Na prática, a medida atrai mais investimentos em dólar, o que diminui o preço da moeda estrangeira e reduz a pressão sobre a inflação.

O IPCA, índice oficial, acumulou em abril alta de 6,49% em 12 meses, o que levou o BC a subir, na semana passada, a taxa básica de juros de 7,5% para 8% ao ano.

O corte de IOF foi anunciado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), que justificou a decisão alegando não haver mais uma "enxurrada" de entrada de investimentos para esse tipo de aplicação financeira como havia em outubro de 2010, quando o imposto foi elevado duas vezes.

O ministro buscou ainda não vincular a medida a uma preocupação com o impacto sobre a inflação: "Não há nenhum intenção de fazer uma política anti-inflacionária via câmbio. Os instrumentos de política anti-inflacionária são aqueles que o Banco Central utilizou recentemente".

Apesar da negativa do ministro, a Folha apurou que o governo está, sim, preocupado com uma pressão inflacionária da valorização do dólar sobre a inflação, o que já se refletiu na decisão de subir juros para frear o consumo.

Analistas e técnicos do governo trabalhavam com a possibilidade de o valor do dólar em relação ao real subir para a casa de R$ 2,20 nos próximos dias, o que, no médio prazo, teria impacto relevante sobre a inflação.

No final da tarde de ontem, o dólar à vista (referência do mercado financeiro) subiu 0,48% e encerrou a R$ 2,146. No câmbio comercial, usado no comércio exterior, a moeda americana fechou estável (+0,09%) a R$ 2,129.

Mantega observou que a perspectiva de que o Fed, o banco central dos Estados Unidos, retire medidas de estímulo econômico e volte a subir juros no futuro tende a reduzir a quantidade de dólares em circulação no mercado internacional, o que já tem feito a cotação da moeda subir em vários países.

Segundo o ministro, o "câmbio tem caminhado para um equilíbrio mais natural" e, por isso, houve uma redução das intervenções do governo no mercado.

"Não existe um patamar para o câmbio. O câmbio no Brasil é flutuante. O que o governo procura fazer é coibir excessos, pois a volatilidade não é boa para o mercado, importadores, exportadores e investidores", disse.

O ministro disse que não haverá mudanças no IOF cobrado sobre os derivativos cambiais, operações do mercado futuro utilizadas para especulação e para proteção contra variações no câmbio.

DEPRECIAÇÃO

Brasil terá que aceitar câmbio, diz BC

O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca, disse ontem o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes.

Segundo ele, que está em Londres, a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer".

ANÁLISE

Especulador estrangeiro volta a ser bem-vindo
Governo Dilma esquece "guerra cambial" e abre as portas para dinheiro em busca de oportunidade de curto prazo

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Indesejado até bem pouco tempo atrás, o investidor estrangeiro em busca de oportunidades de curto prazo é novamente bem-vindo.

Foi esse o recado que o governo Dilma Rousseff deu ontem aos mercados internacionais ao revogar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para estrangeiros que investem nos juros brasileiros, ainda entre os maiores do mundo.

A mudança de rumo tem o potencial de reverter (ou pelo menos impedir) uma alta ainda maior do dólar no Brasil, diluindo o impacto na inflação (22% dos insumos da indústria são importados) e ajudando a financiar a deterioração nas contas externas.

Isso acontece quando a indústria começava a sair do buraco com a perspectiva de recuperação nas exportações devido ao câmbio favorável.

Por outro lado, uma alta indesejada do dólar teria consequências pesadas para as grandes empresas, que quase duplicaram seu endividamento em moeda estrangeira desde a crise de 2008.

Em dezembro daquele ano, a dívida externa do setor privado era de US$ 131 bilhões; em março deste ano, somava US$ 235 bilhões.

Duas mudanças importantes ocorreram nas últimas semanas para fazer o governo mudar o discurso até então conhecido como "guerra cambial", que condenava as moedas emergentes à eterna valorização ante o dólar.

MAU HUMOR

A primeira foi a lenta, porém constante recuperação da economia americana, a ponto de o presidente do BC dos EUA dizer que os estímulos financeiros poderão ser retirados gradualmente (leia-se: enxugar dinheiro abundante em circulação).

O resultado foi o aumento geral dos juros dos títulos do governo dos EUA, que, no caso dos papéis de dez anos, subiram da casa de 1,6% para 2,1% em quatro semanas.

Esse aumento, que equivale a alta de juros do governo brasileiro de 7,5% para 8% na semana passada, absorve dinheiro de todo o mundo, valorizando o dólar ante as moedas globais, inclusive o real.

Em 30 dias, segundo a Bloomberg, o dólar subiu 5,75% no Brasil. Só perdeu para a alta da moeda americana na África do Sul e no Chile, respectivamente, de 9,27% e 6,56%.

A segunda é o desempenho fraco da economia brasileira, que segura os investimentos e perde força com a corrosão da renda pela inflação.

A fraqueza econômica acentua o mau humor crescente do investidor estrangeiro com a política do governo Dilma no setor privado, considerada intervencionista.

O ponto de virada foi a mexida nas regras de renovação das usinas hidrelétricas, em setembro do ano passado, que impactou perdas nas margens do setor elétrico.

"O estrangeiro está cansado do Brasil em razão dessa incoerência. Qual é o jogo? Quer crescer, controlar a inflação ou o câmbio. Não dá para fazer os três ao mesmo tempo", disse Sidnei Nehme, diretor da corretora NGO, que na véspera adiantara que o governo não teria alternativa a não ser retirar o IOF dos investidores estrangeiros.

Fonte: FENACON