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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Leilão dos Aeroportos


Consórcios enfrentam ceticismo do mercado, mas garantem que têm capacidade para pagar outorgas e investir

As dúvidas sobre a capacidade de os consórcios vencedores do leilão dos três aeroportos honrarem investimentos fez com que as empresas partissem nesta quarta-feira para o contra-ataque, mostrando que são capazes de assumir o plano de modernização dos terminais. Mas analistas temem o real potencial destes grupos e a possibilidade de uma redução da qualidade das obras para baratear os custos e fazer frente aos compromissos assumidos.A Triunfo Participações contestou a avaliação do mercado de que não teria condições de arcar com a outorga do aeroporto de Viracopos, em Campinas. O presidente da companhia, Carlo Bottarelli, afirmou em teleconferência com analistas de mercado que a geração de caixa atual do aeroporto, estimada em R$ 130 milhões em 2011, já seria mais do que suficiente para pagar o valor anual da outorga — de R$ 127,4 milhões. Parte das dúvidas sobre a Triunfo se baseia na perda da concessão da rodovia Ayrton Senna (SP), em 2009, por falta de garantias. A empresa culpa a seguradora de não ter cumprido com seus compromissos. Para Bottarelli, a chance de um fato como esse se repetir é nula.
Sobre Viracopos, o executivo lembrou que os estudos levados a cabo pela Triunfo e demais participantes do consórcio (UTC e a francesa Egis Ariport Operation) mostraram que a necessidade de investimentos é 32% menor do que a estimada pelo governo. A empresa prevê R$ 7,8 bilhões para a ampliação e manutenção do aeroporto nos 30 anos da concessão, contra R$ 11,5 bilhões estimados pelo governo.
— E temos que considerar que a nossa participação na administração do aeroporto, e nossos dividendos, estarão limitados a 23% do total. Isso porque a Infraero é sócia com 49% — disse.
O executivo ironizou a observação negativa que a Triunfo recebeu da agência de risco Fitch. Ele disse que se sentiu lisonjeado por ver o nome da empresa pela primeira vez nos painéis de notícias e se colocou à disposição para esclarecer detalhes do projeto para a instituição. Depois de terem caído 10% por causa da concessão, os papeis da Triunfo subiram 6,54% ontem. O avanço se deu num dia em que o Ibovespa caiu 0,13%.
No caso de Guarulhos, estima-se que a Invepar e seus sócios precisarão triplicar as receitas do aeroporto, que devem atingir R$ 1 bilhão este ano, para fazer frente aos R$ 810 milhões anuais e quitar os R$ 16 bilhões pela outorga do terminal, além de realizar os investimentos previstos, garantindo retorno de 6% ao ano. O presidente da companhia, contudo, estima que o crescimento no número de passageiros será maior que o estimado, bem como o da receita não-tarifária, na locação de áreas do aeroporto, por exemplo.
O Consórcio Inframérica, que levou a concessão de Brasília, informou em nota que tem capacidade para honrar os compromissos. A empresa lembrou que Brasília é um hub (centro de distribuição de voos) e deverá contar com 34 milhões de passageiros/ano até o fim do contrato. A exploração comercial do aeroporto será uma grande fonte de renda. “O Consórcio pretende atingir uma receita comercial nos padrões internacionais já alcançados pela Corporación América em seus aeroportos ao redor do mundo e que, hoje, não encontramos nos aeroportos do país”.
Mantega: governo vai avaliar capacidade das empresas
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, que compareceu à inauguração do novo terminal de Guarulhos — a estrutura emergencial conhecida como “puxadinho” — disse ontem não acreditar que os consórcios vencedores terão problemas para manter os investimentos, lembrando que o governo vai fiscalizar e que há multas previstas no contrato:
— Há absoluta confiança no processo e nos novos sócios.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo vai avaliar a capacidade financeira e de gerenciamento dos grupos vencedores:
— As empresas têm que ter capacidade própria de financiamento, de investimento e de gerenciamento. Elas vão poder contar com o BNDES, porque em qualquer país do mundo você tem fontes de financiamento, mas têm que ter capacidade própria.
Mantega assegurou que os recursos da concessão não serão utilizados pelo governo para abater juros da dívida pública. Embora Gustavo do Vale, da Infraero, tenha admitido que outros terminais possam ser concedidos à iniciativa privada ainda neste ano — lembrando que não há decisão sobre isso — Mantega disse que o governo não estuda fazer novas concessões de aeroportos neste momento. Segundo ele, o plano é criar, ao longo do tempo, uma rede nacional composta por aeroportos principais e regionais, sendo que os menores receberão a ajuda das novas receitas de concessão:
— Não é correta a informação de que o governo estaria estudando a concessão para estados e municípios de aeroportos regionais. Não está previsto neste momento. Estamos pensando em criar uma rede de aeroportos, que tem os aeroportos principais e os regionais, e é por isso que os recursos arrecadados com a concessão não irão para o Tesouro, não serão utilizados para o pagamento de dívida.

Fonte: O Globo

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