A inadimplência das empresas brasileiras cresceu 26,7% no mês passado, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na relação entre janeiro deste ano e dezembro de 2011, houve elevação de 4,4%, conforme mostra o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta segunda-feira (27).
Os economistas da instituição explicam que os juros ainda elevados - encarecendo o capital de giro e o empréstimo para pagamento do 13º salário -, e o fraco desempenho das vendas no Natal 2011 e no mês passado, dificultaram as finanças corporativas.
Segundo eles, o maior desafio foi gerar caixa para honrar os pagamentos assumidos. Além disso, também houve aumento dos estoques em alguns setores, em decorrência das vendas baixas, o que também impactou negativamente os custos das empresas.
Valor médio das dívidas
Decompondo o indicador, em janeiro, se comparado ao mesmo mês de 2011, a inadimplência com dívidas não bancárias, como cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços de telefonia, energia e água cresceu 2,0%. Já a inadimplência com dívidas bancárias cresceu 9,1%, enquanto dos cheques sem fundos e protestos cresceram 8,4% e 14,7%, respectivamente.
No mês passado, o valor médio das dívidas não bancárias foi de R$ 803,66; em relação às dívidas com bancos, o valor médio verificado no período foi de R$ 5.217,80.
Já os títulos protestados registraram, em janeiro, um valor médio de R$ 1.823,77. Por fim, os cheques sem fundos tiveram, no período, um valor médio de R$ 2.143,38.
Metodologia
O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Jurídica, por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com as instituições financeiras. A divulgação é mensal.
Fonte: Infomoney
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