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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Crédito livre se equilibrará com o direcionado após 2013


O saldo de empréstimos com recursos direcionados atinge R$ 742,553 bilhões nos três primeiros meses de 2012, segundo dados do Banco Central. O volume é 22% superior ao registrado em março de 2011 e cresce em ritmo mais acelerado do que o crédito livre, de 15,9%, e que o total do sistema financeiro, que avançou 18%. Do total, 58,91% corresponde aos financiamentos para empresas, de R$ 437,471 bilhões, acréscimo de 15,8% no ano e de 0,4% ante o quarto trimestre do último ano. Já as pessoas físicas ficam com o restante, 41,09%, com o estoque de R$ 305,082 bilhões, alta de 32,2% em 12 meses e de 5,3% na comparação trimestral.

Para especialistas, a expansão tende a continuar superior este ano, mas o cenário de redução das taxas de juros deve estimular o crédito livre, diminuindo o desequilíbrio entre os modelos no próximo ano. "O direcionado vai continuar à frente devido seus diferenciais [juros subsidiados e longo prazo]. Mas com a redução da taxa de juros não haverá uma diferença tão grande, porque haverá um aumento do saldo de financiamentos com recursos livres", explica Osmar Visibelli, professor da Anhembi Morumbi.

Os financiamentos direcionados possuem destino específico e taxas de juros subsidiadas, como investimentos de empresas por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), rural e habitacional, nos quais 65% da poupança possuem este destino. Já o livre segue a estratégia de cada instituição financeira.

O gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, detalha que a expansão do crédito direcionado vem acima do livre desde 2009, puxada pelos empréstimos por meio do BNDES e habitacional. "Em 2012 essa tendência deve continuar com o aporte adicional do governo no BNDES e o imobiliário, que avança em ritmo forte."

Com o saldo de R$ 421,206 bilhões, os financiamentos realizados com recursos do BNDES cresceram 15,8% no ano. Do total, R$ 214,544 bilhões foram concedidos diretamente pelo banco, com alta de 20,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. "Em 2011 vimos uma crise internacional e fica mais difícil para a grande empresa captar recursos no mercado externo, recorrendo às operações diretas do BNDES", detalha Rabi.

Já as pequenas e médias empresas têm acesso aos recursos financeiros do BNDES por meio dos bancos públicos e privados, que repassam o valor por meio do programa Finame ou cartão BNDES. "O spread é muito pequeno no repasse e há uma seletividade maior para pegar o crédito, com análise mais rigorosa por parte dos bancos", diz o especialista da Serasa Experian. Os repasses somaram R$ 206,662 bilhões até março deste ano, o que corresponde a um crescimento de 11,6% no mesmo período.

Segundo Rabi, o cenário para as empresas de menor porte muda com a melhora do cenário internacional - já que as grandes companhias voltam ao mercado externo - e com baixas dos índices de inadimplência, que devem ocorrer no segundo semestre.

O professor Wilson Motta Miceli, do curso de especialização em Gestão de Operações e Serviços Bancários da Fundação Vanzolini, concorda com que o financiamento direcionado está concentrado nas grandes companhias e que as pequenas e médias acessam o crédito tradicional dos bancos, como antecipação de recebíveis ou capital de giro. "Ficam com o crédito mais caro. Por enquanto, os bancos públicos, que têm 45% do sistema nacional, fizeram os cortes nos juros, mas os privados os estão reduzindo vagarosamente."

O presidente do conselho de administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, diz que o crédito do BNDES é mais atrativo devido ao custo baixo, já que a taxa de juros a longo prazo (TJLP) está em 6% ao ano, mas acredita que a ampliação deve ocorrer somente com estímulos do Governo Federal para o crescimento doméstico, como o controle do câmbio para a exportação. "Como o Brasil está crescendo, o BNDES tem financiado, mas deve diminuir porque o mundo está em crise e não é muito estimulante para as empresas o investimento. Mas o governo quer incentivar o câmbio, então pode reverter com a volta da exportação."

Os empréstimos para a compra e construção de imóveis totalizaram saldo de R$ 201,393 bilhões ao fim do terceiro trimestre de 2012, alta de 41,7% no ano e de 8% em relação ao quarto trimestre de 2011. E o segmento rural obteve evolução de 17,1% ante março do ano passado, para R$ 103,689 bilhões.

Fonte: DCI

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