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sábado, 7 de julho de 2012

Estratégias de fundos que se destacaram no 1º semestre do ano.


Os primeiros seis meses de 2012 foram bastante agitados para a economia nacional, com resultados impactantes nos investimentos. Do lado da renda variável, a bolsa até ensaiou uma recuperação das perdas de 2011 nos primeiros dois meses do ano, mas não teve forças para sustentar o movimento. A crise na Europa, e as incertezas econômicas globais de uma forma geral pesaram sobre o desempenho do Ibovespa, que terminou o primeiro semestre do ano com perdas acumuladas de 4,24%.

Na parte de renda fixa, 2012 deve entrar para a história como o ano em que os juros atingiram o menor patamar (a Selic está em 8,5% ao ano). Mas mesmo com as adversidades e com a taxa de juros mais baixa, alguns profissionais de gestão se destacaram no primeiro semestre e conseguiram oferecer uma rentabilidade acima da média do mercado para os investidores. Confira:

Renda Fixa
Fundo: Inflatie RF LP
Gestora: SulAmérica
Rentabilidade no ano (até 5 de julho): +9,98%

O Inflatié, fundo de renda fixa da SulAmérica Investimentos, existe desde julho de 2008 e usa como bechmark (referencial de rentabilidade) o IMA-B (Índice de Mercado Anbima – B), que mede o desempenho das NTN-B – títulos públicos atrelados à inflação. Ou seja, é um fundo em que o gestor investe, principalmente, em títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

“É uma gestão ativa onde o gestor não fica exatamente igual ao seu benchmark. A carteira não reflete 100% da composição do IMA-B. Ora ele fica um pouco mais pesado em títulos de longo prazo, ora em títulos de curto prazo. Também pode colocar um pouco de títulos prefixados – sempre dentro do nível de risco do fundo, e ainda fazer alguma estrutura com um risco baixo, mas que dependendo do movimento dos juros de cada vencimento pode gerar valor para o fundo. Ou seja, a essência é o IMA-B, mas o produto tem uma liberdade para fazer estratégias, fugindo um pouco do benchmark, justamente para tentar ultrapassá-lo”, afirma o diretor da SulAmérica Investimentos, Marcelo Saddi.

De acordo com ele, mesmo com a inflação mais controlada do que nos anos anteriores, investir em títulos indexados a índices de preços ainda faz sentido. Isso porque a demanda pode aumentar, devido aos estímulos do governo à economia, e voltar a provocar uma alta dos preços.

“Parece razoável apostar que vem mais cortes de juros pela frente. Além disso, os estímulos monetários já foram dados, estão havendo estímulos fiscais. Pode até ser que demore um pouco para surtir o efeito, mas a gente acredita que vai surtir. Logo, é preciso ter cautela com o nível inflacionário”, explica Saddi.

Multimercado
Fundo: R&C TOP FIM
Gestora: R & C Gestão de Recursos
Rentabilidade no ano (até 4 de julho): +19,55%

O fundo R&C TOP FIM, da R&C Gestão de Recursos, foi um dos destaques entre os multimercados neste primeiro semestre. De acordo com o gestor do fundo, Cláudio Coppola, o bom desempenho no semestre é resultado de uma análise de que o dólar teria valorização ante o real. “A moeda norte-americana foi o principal responsável pelo desempenho do fundo no semestre. Achei que era a principal defesa para uma piora da crise européia, aliada a uma política intervencionista do banco central brasileiro para desvalorizar o Real”, afirma Coppola.

Segundo ele, o fundo pode adotar diversas estratégias, que vão depender do mercado, mas a regra principal vale para todos. “Em todo mercado, seja juros, bolsa ou dólar, nós trabalhamos com preço de entrada e saída para cada ativo e respeitando sempre o stop (ordem de venda automática) quando este é acionado”, disse.

Segundo ele, o atual cenário econômico brasileiro incentiva a sua estratégia de ficar comprado no dólar. “O governo aproveita a baixa atividade para testar o juro real a nível internacional e para dar um incentivo a indústria nacional. Enquanto não se traduzir em inflação, acho que o governo só controla a velocidade de desvalorização do real”, afirma.

Em relação ao cenário externo, o gestor afirma que ainda é preciso cautela. “A nossa visão é que a crise é de longo prazo na Europa, onde vamos ter baixo crescimento ou até uma possível recessão”, afirma. Segundo ele, nos Estados Unidos, a situação está um pouco melhor. “Os EUA estão apresentando um comportamento até surpreendente. 0 problema americano será que a partir da eleiçãp deverão ser tomadas medidas para cortar o déficit, o que vai impactar no crescimento econômico do próximo ano”, diz.

Na China, ele afirma que a mudança de patamar de crescimento econômico tem impacto direto no Brasil, já que o gigante asiático é nosso maior parceiro comercial.

Ações
Fundo: Apogeo Dividendos
Gestora: Apogeo
Rentabilidade acumulada no ano (até o dia 4 de julho): +23,53%

Com as incertezas externas e a bolsa andando de lado no primeiro semestre, um tipo de fundo de ações tem apresentado resultados melhores do que a indústria em geral: os fundos de dividendos, que concentram ações consideradas “defensivas” - que além de terem menor volatilidade, ainda garantem uma renda periódica com o pagamento de proventos. E, dentro desta categoria, o fundo Apogeo Dividendos foi um dos destaques no primeiro semestre.

De acordo com o diretor técnico da Apogeo, Paulo Bittencourt, o gestor do fundo faz um processo intensivo de análise de empresas que vão fazer parte do portfólio. “O segredo é uma análise muito intensiva. Você precisa antecipar quais empresas - e setores - estão melhor posicionadas neste cenário adverso. A escolha foi pelas empresas do setor de energia e do setor de telefonia. São setores que atuam com serviços que são sempre necessários, independentemente de ter uma crise. Algumas empresas de consumo geral também fazem parte da carteira”, afirma.

Mas ele lembra que o bom resultado não foi construído neste semestre. “É um processo mais antigo do gestor, que já acompanha as empresas há alguns anos. Estamos colhendo os frutos de uma análise de longo prazo”, explica o executivo.

Ele lembra que os fundos de dividendos possuem esta característica de oscilarem menos e podem ser uma alternativa interessante dependendo do prazo e do perfil de risco do investidor. Mas lembra que existem outros fundos que também podem performar bem, especialmente no longo prazo. “É importante diversificar. Eu não deixaria de lado também um investimento em um fundo mais agressivo de ações, em uma proporção menor, se o seu objetivo for para uma aposentadoria, por exemplo”, afirma Bittencourt.

Fonte: Infomoney

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